Primeira-ministra da Escócia reativa campanha para ser independente do Reino Unido

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou nesta terça (28) planos para que um segundo referendo sobre a independência do país seja realizado em outubro do ano que vem. Ela prometeu tomar medidas legais para garantir uma votação se o governo britânico tentar bloquear o projeto.

Segundo Sturgeon, o governo escocês, liderado por seu Partido Nacional Escocês, pró-independência, publicará um projeto de referendo com a data sugerida de 19 de outubro de 2023 para a votação.

Ela também afirmou que escreveria ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedindo permissão para realizar a consulta pública, mas informou já ter iniciado planos para obter a autoridade legal caso ele bloqueie os planos.

"O que não estou disposta a fazer, o que nunca farei, é permitir que a democracia escocesa seja prisioneira de Boris Johnson ou de qualquer primeiro-ministro", disse Sturgeon a parlamentares nesta terça, no Parlamento escocês.

Eleitores na Escócia, que tem uma população de cerca de 5,5 milhões, rejeitaram a independência em 2014. Mas o governo semi-autônomo do país afirma que a saída do Reino Unido da União Europeia, contestada pela maioria dos escoceses, significa que a questão deve ser submetida a uma segunda votação.

O Partido Conservador de Boris Johnson se opõe fortemente a um referendo -para a sigla, a questão foi resolvida em 2014, quando os escoceses votaram contra a independência por 55% a 45%.

Anteriormente, Boris havia se recusado a emitir uma ordem que confere autoridade ao Parlamento escocês para realizar a consulta pública.