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A Economia vai decidir a eleição presidencial

Por Rodrigo Bethlem*

Até alguns meses atrás, muitos achavam que a pandemia seria o assunto da eleição. Inclusive, a CPI sobre esse tema ganhou uma superexposição e alguns políticos viram a oportunidade de se cacifarem eleitoralmente.

A pesquisa do Ipespe, encomendada pela XP, deixa bem claro que hoje mais de 40 % dos entrevistados irão definir a eleição pelos temas econômicos.

Em segundo, vem a Educação e em terceiro a Saúde.

Neste quesito, acende-se sinal amarelo para o presidente Bolsonaro.

Mais de 60% da população avalia que a Economia está sendo conduzida de forma errada.

Desdobrando a pesquisa, vemos que a principal preocupação da população no vértice econômico é o combate à inflação.

Nesse ponto, o governo poderia atuar com mais força.

Nesta semana, houve uma redução de 10 pontos percentuais no imposto de importação. É pouco!

Continuo insistindo que o Banco Central tem uma poderosa arma para reduzir a cotação do dólar e, de quebra, a nossa dívida interna.

As reservas cambiais se aproximam de 370 bilhões de dólares . É obrigação do BC buscar o centro da meta da inflação.

Este ano ficará bem longe deste objetivo. Insisto: todos os recursos disponíveis pelo BC devem ser utilizados.

É fato o país ter altas reservas o protegem de crises cambiais, mas é inaceitável estar com 370 bilhões, com o dólar supervalorizado e uma inflação muito longe da meta, e o BC ainda não ter feito uso desse fundo.

O tempo urge! Se até abril a equipe da Economia de Bolsonaro não ousar no combate à inflação, isso poderácustar a sua reeleição.

*Ex-deputado e consultor político

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