O Rio da cultura

Já que o governo federal nunca se preocupou em valorizar o acervo cultural e histórico do Rio de Janeiro, era hora da cidade e do Estado se unirem em projeto de divulgação de atrações que, por mais que sejam conhecidas, não são olhadas como um conjunto a ser visitado e estudado.

A começar pelas admiráveis igrejas do centro do Rio, muitas igualáveis as mais belas da Europa, como São Bento, Candelária, Carmo, antiga Sé, São Francisco de Paula e Outeiro da Glória, entre outras. E temos os museus, como Belas Artes, Histórico Nacional, MAM, e belas construções, como o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, a Casa França-Brasil, o Gabinete Português de Leitura, o Palácio da Cultura, o antigo Ministério da Fazenda, no estilo da Itália grande, os Arcos da Lapa, a Praça XV, com o Paço, chafariz de Manoel da Costa Ataíde.

O Rio da Floresta da Tijuca, do Palácio do Catete, do Palácio Itamaraty, da Casa Marquesa de Santos e da residência dos Bragança desde a chegada de D. Joao VI, o Museu Nacional em restauro. E instituições privadas como a Fundação Castro Maia e Casa Roberto Marinho. Na lista, ainda o Jardim Botânico, o fantástico Jockey Club, o Estádio Mário Filho e a Cidade da Música. Pouca gente se apercebe da quantidade de atrações que por si só justificam uma semana preenchida para um turista com curiosidade cultural, histórica, artística. E claro o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, a Marina da Gloria, Parque do Flamengo etc.

Petrópolis tem o Museu Imperial e Niterói, o de Arte Contemporânea. O Vale do Paraíba com suas fazendas e cidades de referencia como Vassouras.

O Rio é ainda sede do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, instituição que vem do Império e é a mais respeitada entidade cultural do país. O Pen Clube também tem sua sede no Rio, como a Associação Brasileira de Imprensa – ABI.

No pós-pandemia, é preciso investir na valorização de nosso teatro, pois o Rio sempre foi o ponto de partida das grandes peças e espetáculos musicais. E na gastronomia e na hotelaria, já reconhecidas pela qualidade e preços.

É promover progresso, gerar empregos, e investir pouco nestes tempos de dinheiro curto. Bastam vontade política e mobilização da sociedade.