Por Max Guilherme Machado de Moura*
Como policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), atuei em operações em diversas comunidades do Rio de Janeiro, para combater o crime que assola a cidade do Rio de Janeiro.
O que o secretário estadual de Polícia Civil disse é pura verdade. Nós perdemos um irmão de farda e parte da imprensa não percebe ou não aceita que estamos em guerra com o crime “organizado”.
Muitas vezes, deixamos nossos lares e famílias para defender a sociedade e ficar refém desses criminosos. Tem vezes que voltamos para casa e outras que viramos estatísticas de jornais.
No ano de 2012, por exemplo, tomei dois tiros numa operação no Pavão-Pavãozinho, mas, graças a Deus, sobrevivi. Em outra operação, esta na Mangueira, jogaram uma granada perto de mim e vários estilhaços de vidro me atingiram. E novamente, sobrevivi.
Nós perdemos um irmão de farda nesta operação no Jacarezinho, realizada no dia 6 deste mês, para combater o tráfico de drogas na comunidade. Mas não perdemos a coragem de continuar lutando por dias melhores no Rio de Janeiro, como descrevo em meus exemplos.
Um herói sempre será lembrado, estando ele no céu ou na terra. Porém, queremos estar vivos para criar nossos filhos com dignidade e servir de exemplo de luta.
Aos policiais que atuaram no Jacarezinho, queria dar meus parabéns pelo sucesso da operação, que matou 27 criminosos e recuperou diversas armas que estavam, infelizmente, sob o domínio do tráfico. Vocês merecem todo o nosso respeito.
*1º Sargento da PM-RJ e Assessor da Presidência da República
