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A falta de exercícios físicos agrava problemas de saúde

Por Milber Guedes*

Em nossos atendimentos nas duas unidades da MedRio, um dos pontos em que mais insistimos com nossos clientes é a importância da prática regular de exercício físico para se evitar o sedentarismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas se a população global fosse mais ativa. As estatísticas da OMS mostram que 25% dos adultos e quatro em cada cinco adolescentes no mundo não praticam atividade física suficiente. Mulheres e meninas costumam fazer ainda menos exercícios do que os homens.

Há várias razões para se manter distante do sedentarismo: o exercício ajuda no combate ao estresse do cotidiano, à depressão, na melhora do humor, da libido, da disposição física, do sono de qualidade, no controle do peso corporal, da imunidade, tão importante em um momento de pandemia. Pesquisa da Faculdade de Medicina da USP concluiu que a atividade regular, mesmo que apenas meia hora por dia, ajuda a evitar as internações por Covid-19 em até 35% dos casos. A atividade física é vacina para quase todos os males da saúde que o ser humano está sujeito.

Segundo a própria OMS, o sedentarismo é considerado o quarto principal fator de risco de morte em todo o mundo, mais letal, inclusive, que o hábito de fumar. Além disso, é sabido que a falta de prática de atividade física está relacionada às diversas doenças crônicas, como diabetes, pressão alta, doenças do coração, osteoporose, e, claro, a obesidade.

De acordo com a OMS, a obesidade atinge cerca de 2,3 bilhões de pessoas, algo como 25% da população mundial. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 55,7% da população adulta do país está com excesso de peso e 19,8% está obesa. Ou seja, um em cada cinco brasileiros é obeso.

A pandemia de Covid-19 veio agravar este quadro tão preocupante. Segundo o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, um estudo envolvendo 14.259 indivíduos mostrou que, durante a pandemia, 19,7% deles tiveram um aumento de ao menos 2 kg em seu peso. Hoje, em recente trabalho concluído em nossas clínicas, 65% dos executivos examinados, homens e mulheres, são sedentários.

Em um mundo que caminha a passos largos para a vida digital é cada vez menos necessário locomover-se, mesmo para pequenas atividades, como atender o telefone ou mudar de canal de televisão. Soma-se a isso o home office a que muitos funcionários se viram obrigados a adotar. Da noite para o dia, até as pequenas rotas foram suspensas. O resultado do confinamento é menos movimentação, maior ingestão de alimentos, álcool e, consequentemente, aumento de peso.

Nesta retomada da vida pós-vacinação, é fundamental que os indivíduos retomem a atividade física do cotidiano e coloquem em dia os exames preventivos, que agem como bússolas para compreensão da atual condição de saúde e, se necessário, norteiam as melhores formas para a busca de mais qualidade de vida. Saúde é prevenção!

*Milber Guedes é gerente médico da Med-Rio Check-up

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