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Governador reconhece vocação do Rio

Por Aristóteles Drummond*

A iniciativa do governador Cláudio Castro de terminar com o Museu da Imagem e do Som, como presente à cidade pelos 129 anos de Copacabana, tem um significativo maior por mostrar a consciência do governo estadual de que a cultura é uma vocação e precioso patrimônio não só da capital, mas de todo o Estado.

O Rio tem os museus e centros culturais de maior referência no país, considerando o Imperial, de Petrópolis, o mais visitado do Brasil, o de Belas Artes, o de Arte Moderna (MAM), o Histórico Nacional, a Biblioteca Nacional, o Real Gabinete Português de Leitura, o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio (MAR), o de Arte Contemporânea, em Niterói, o da República. Instituições privadas significativas como Fundação Castro Maia e Casa de Cultura Roberto Marinho.

O Museu da Imagem e do Som foi criado por Carlos Lacerda e consolidado por Negrão de Lima. Ricardo Cravo Albin, seu idealizador e realizador, foi nomeado por Lacerda e mantido por Negrão. A Casa de Rui Barbosa é outra referência.

No mais, o Rio tem eventos de porte nacional como o RioArte e o Festival do Livro de Paraty, além do relevante projeto Música no Museu, conhecido internacionalmente.

O Vale do Paraíba redescobre seu passado histórico, com a Fundação São Fernando, de Ronaldo Cezar Coelho, mecenas que está dando a Vassouras a monumental antiga Santa Casa, que foi do Barão do Amparo e deve se tornar referência cultural na região.

Nada mais representativo de nosso patrimônio histórico do que as igrejas do Rio e as fazendas do Vale do Paraíba, que podem formar um circuito de interesse turístico significativo.

O Rio é ainda a sede do Instituto Histórico e Geográfico, fundado no Império e prestigiado com a presença de Pedro II, da Academia Nacional de Medicina, também desde o Império, e a sede do Pen Clube do Brasil.

Neste momento de reerguimento do Rio, a manifestação de sensibilidade para essa vocação do Estado, por parte do governador Cláudio Castro, foi muito mais do que o simples terminar as obras de um museu.