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Por onde andam os simpatizantes de Cuba?

Por Cássio Nogueira de Castro*

Não é surpresa o desaparecimento dos brasileiros apaixonados pelo comunismo de Cuba. O regime de governo ditatorial cubano com seu auto determinismo já recebeu diversos elogios por simpatizantes brasileiros que defendem as conquistas dos “revolucionários”. No entanto, os jovens cubanos não possuem a mesma intensidade ideológica dos que apoiaram a dinastia castro.

“Liberdade” e  “abaixo a ditadura” são os gritos, em meio a uma pandemia, que tomaram as ruas de Havana por ondas de protestos que clamam por reformas democráticas devido ao esgotamento da população sob o regime ditatorial.

Com um apagão digital o governo de Cuba demonstrou técnicas militares de guerra contra sua própria população, atingindo não só os manifestantes como também seus apoiadores. Adotou medidas ainda mais duras de repressão e cortou a energia, comunicação e  internet visando conter mais uma nova série de protestos.

O estrategista chinês general Sun Tzu determina destruir psicologicamente o inimigo em sua obra “Arte da Guerra”. O artifício utilizado pelo governo cubano com suas ações psicológicas teve  objetivo de desequilibrar emocionalmente a oposição para enfraquecer as manifestações e salvaguardar suas ambições militares e políticas. A incapacidade demonstrada pelo governo da ilha no enfrentamento a pandemia da covid-19 desmistificou a excelência cubana na saúde pública que foi um dos alicerces da revolução. Culpar a reação de milhares de cubanos aos embargos americanos é deturpar a realidade presa às correntes de um ditador. A situação caótica, a falta de liberdade, comida, remédio e vacina são os verdadeiros motivos da insurgência  a um regime de governo obsoleto. Por essas razões que os brasileiros que defendiam Castro tem uma atitude envergonhada.

Agora são os cubanos em Cuba e não os de Miami, que chamam o regime de ditatorial. As passeatas lembram as que eram realizadas para protestar contra os Estados Unidos ou para comemorar o aniversário de Che Guevara. A geração de amantes da Cuba castrista no Brasil está hoje envelhecida e quase octogenária. A onda pró-Fidel fazia parte do imaginário da esquerda dos anos 60, 70 e um pouco nos  80. Foi esta geração que financiou o porto de Mariel, contratou a legião do Mais Médicos, enfim, oxigenou os últimos dias do regime agora colapsado.

*É advogado e Adesguiano

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