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É possível fazer política com P maiúsculo

José Luís Cardoso Zamith*

Desculpe o desabafo. Num momento tão difícil para a humanidade, mais do que nunca precisamos dos políticos. Todos nós somos políticos em nossas relações sociais.

Avaliamos o que é melhor, o que aceitamos, negociamos, discutimos e tentamos nos posicionar de acordo com aqueles que protegemos, com as nossas convicções e com a nossa estratégia. Repito: todos nós fazemos isso.

No espectro de Poder, nossa Constituição é bem clara em vários de seus artigos e estabelece diversos regramentos de governança, de critérios para preenchimento dos cargos e de mecanismos para coibir e punir maus feitos.

Portanto, generalizar e colocar todos no mesmo plano é injusto. A quem interessa isso? Por que transformarmos em condenados aqueles que são investigados? Por que, a todo instante, ao se referir a políticos, vêm à tona manchetes negativas sobre pessoas que não possuem nada provado contra elas?

Fico muito à vontade em me manifestar porque não sou político. Sou um técnico que está exercendo um cargo político. Não pretendo me candidatar e sei exatamente qual é a minha posição dentro da máquina pública: executar projetos, dentro da premissa política do governo, que beneficiem a população. Por óbvio, por ter cargo público, é inerente à minha função fazer política e isso é essencial para aproximar a técnica das decisões politicas e, como consequência, o milagre da transformação destas em políticas públicas.

Assim deve ser para que realmente avancemos nas demandas da sociedade. Abalar esta dinâmica significa desbalancear o sistema em que vivemos e criar desordem. Tratemos os problemas de forma pontual e isolada, mesmo que envolvam muitos. Fazer isso é manter o joio sendo tratado como joio e não contaminar o trigo. Tem muita gente trabalhando com bastante afinco pela população.

 

* Secretário de Planejamento e Gestão do Estado do Rio

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