Economia do mar: Novas estratégias e mudanças no desenvolvimento econômico-social

Por Luís Leão*

Não é de hoje que alguns setores econômicos se juntaram na tentativa de melhorar a economia e impulsionar as cadeias produtivas de diversos setores do Rio e no Brasil. E a economia do mar, se juntou recentemente para também dar suporte nesse processo.

A Economia do Mar é a atividade econômica que tem o mar como recurso ou meio, podendo englobar os setores da indústria, do comércio e serviços como pesca e recursos minerais, com destaque para a construção naval e náutica, portos e transportes marítimos, produção de petróleo, gás e energia, pesca e biotecnologia, defesa e segurança, turismo e meio ambiente e que estejam localizados, preferencialmente, em regiões costeiras.

Como incentivo, a economia do mar realiza fomento aos polos, clusters ou arranjos produtivos marítimos, que geralmente são formados por empresas ou instituições. Ou seja, esses polos podem se relacionar com outros polos, formando grandes complexos nacionais de competitividade internacional.

Os tipos de polos são: Polo do Mar Mediterrâneo e o Polo do Mar da Bretanha, localizados na França e Polos do Mar de Portugal, ambos podem ser bons exemplos de referência para o Brasil.

Em um momento em que a economia do mar mundial movimenta aproximadamente 1,5 trilhões de dólares por ano, a França e Portugal, destacam-se como importantes players e apresentam boa interação econômica, cultural, histórica e tecnológica com o Brasil.

Para potencializar ou criar outros polos econômicos, existem 3 fatores: sistêmicos, estruturais e empresariais, que juntos, devem fazer parte de políticas públicas com foco no desenvolvimento econômico e sociais. E pelo menos dois focos econômicos devem estar relacionados: a influência direta do mar como o setor naval e o foco nos setores adjacentes que se encontram no entorno, porém não tem o mar como matéria-prima.

O grande objetivo é o investimento que se pode fazer em algumas regiões, permitindo que o desenvolvimento de fornecedores locais, sejam com grandes, médias e pequenas empresas, podendo interagir e impulsionar a economia local, gerando emprego, negócios e mais renda.

Com uma política pública efetiva e pragmática, podemos fazer esse setor girar cada vez mais. Economicamente, socialmente e ambientalmente.

*Presidente do grupo Coalizão-Rio