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Um reino dividido não prospera

Por Anthony Garotinho*

O ambiente está tão radicalizado no Brasil, que ontem publiquei uma informação que circula entre pessoas importantes do círculo Bolsonarista, sem emitir opinião, e logo choveram comentários raivosos, ofensivos, xingamentos e até afirmações de posições que não defendo.

Para reafirmar meus princípios, seguem algumas questões fundamentais de minhas posições históricas:

1- Sou contra qualquer ditadura, seja de direita ou esquerda, ou mesmo da Toga;

2- Defendo a liberdade de opinião e expressão e já fui processado diversas vezes por falar o que penso;

3- Defendo a ampla liberdade de manifestação, desde que seja pacífica e não destrua patrimônio, seja público ou privado;

4- Minha posição ideológica é claríssima: sou trabalhista, nacionalista e defendo os princípios cristãos;

5- Minhas críticas às posições do PT situam-se ao apego de vários de seus líderes ao patrimonialismo e ao não enfrentamento ao sistema financeiro (bancos);

6- Muitas das acusações que os Bolsonaristas fazem aos Petistas deviam olhar pra si mesmos. Lula e Bolsonaro governaram com o Centrão, tiveram posições parecidas na política econômica e até mesmo nas questões pessoais (os filhos de Lula e os filhos de Bolsonaro)

7- O Petismo e o Bolsonarismo querem aparelhar o Estado com finalidades diferentes.

Teria mais uma dezena de semelhanças entre os dois, mas prefiro que cada um pense livremente. Relatei apenas um plano que, ao meu ver, é perigoso para o país, caso seja implantado. Quem me acompanha politicamente sabe de algumas verdades:

1- Fui pioneiro nas denúncias contra a gangue de Sérgio Cabral que esfacelou o Rio;

2- Muito antes de Bolsonaro e Lula, venho enfrentando as Organizações Globo, que se transformaram em um partido político a serviço dos bancos;

3- Bem antes de Lula e Bolsonaro denunciarem perseguição do Judiciário, denunciei a Ditadura da Toga no Rio, e pago um preço caro por isso;

4- Se tivesse que esconder alguma coisa, não lutaria de peito aberto desafiando os órgãos de fiscalização a buscarem qualquer enriquecimento ilícito na minha vida política e pessoal.

Para concluir, espero que haja menos discussão sobre assuntos que não interferem tão diretamente na vida das pessoas e se coloque na ordem do dia a inflação que está voltando galopante, o salário mínimo que perdeu o poder de compra, a crise hídrica que pode paralisar o país, a fome e a miséria que chegaram a patamares insuportáveis.

Não sou Lulista nem Bolsonarista. Sou brasileiro.

*Ex-governador

 

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