O presidente Jair Bolsonaro anunciou a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. Professor universitário de carreira curta e tímida, Weintraub chegou ao MEC por indicação da ala ideológica do governo. Ficou no cargo durante um ano e dois meses, em substituição a Ricardo Vélez, que ficou poucos meses no governo.
Desde o mês passado, a cúpula militar e uma governo considerada técnica vinham tentando convencer Bolsonaro de que a saída de Weintraub era necessária para arrefecer o clima beligerante entre os Poderes, incluindo o Congresso.
Na semana passada, Weintraub amargou uma derrota política após o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), devolver medida provisória que dava poderes para ministro da Educação nomear reitores de universidades federais temporariamente durante a pandemia.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-AP), virou um desafeto de Weintraub, chegando-se a chamá-lo de "desqualificado".
Abraham Weintraub o sétimo ministro a deixar o governo. Ele estava no cargo desde 8 de abril do ano passado.
Nos últimos dois meses, saíram dois ministros da Saúde (Henrique Mandetta e Nelson Teich) e Sergio Moro, que pediu demissão da Justiça.
O novo ministro do MEC deve sair do próprio ministério e quatro nomes estão sendo cotados: o secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim - o mais cotado; a secretária de Educação Básica, Ilona Becskeházy; o secretário-executivo do Ministério da Educação, Antonio Vogel; e, de fora da pasta, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Benedito Aguiar.
Já Abraham Weintraub deve ser deslocado para uma diretoria no Banco Mundial.