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Amparado por habeas corpus, Wizard fica em silêncio na CPI

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que substituía o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), encerrou a sessão com o depoimento do empresário Carlos Wizard, apontado como integrante do gabinete paralelo.

Amparado em um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, Wizard anunciou que não responderia perguntas dos senadores, optando pelo silêncio.

"Por orientação dos meus advogados e em conformidade com o decidido pelo Supremo Tribunal Federal, doravante, vou permanecer em silêncio", disse.

Antes disso, o empresário havia se pronunciado por cerca de 15 minutos, período no qual negou pertencer ao gabinete paralelo, centro de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro para temas da pandemia, fora da estrutura do Ministério da Saúde. Também disse que não sabia o que era imunidade de rebanho.

"A minha disposição de servir o país combatendo a pandemia e salvando vidas faz com que eu seja acusado de pertencer a um suposto gabinete paralelo. Eu afirmo aos senhores, com toda a veemência, que jamais tomei conhecimento de qualquer governo paralelo. Se, porventura, esse suposto governo paralelo existiu, ou melhor, gabinete paralelo existiu, eu jamais tomei conhecimento ou tenho qualquer informação a esse respeito", disse.

Wizard também disse que apenas encontrou o presidente Jair Bolsonaro em eventos públicos, nunca em privado.

Omar Aziz anunciou que vai recorrer da decisão do STF que concedeu habeas corpus ao empresário, para que ele possa voltar à comissão em outras condições.

A posição de Wizard foi criticada por praticamente todos os senadores, mesmo governistas.

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