Voto impresso rejeitado

Ontem (10), a Câmara dos Deputados decidiu rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos no Brasil. A ideia era defendida pelo presidente Bolsonaro.

Eram necessários ao menos 308 votos dos 513 deputados –60%– para que a proposta de impressão do voto dado pelo eleitor na urna eletrônica fosse adiante. A quantidade de votos foi 79 votos a menos do que a necessária. Ou seja, o texto, elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF), teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 parlamentares votaram contra e e um se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.

Com o resultado, o texto foi arquivado e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido nas eleições de 2022.

“Eu queria, mais uma vez, agradecer ao plenário desta Casa pelo comportamento democrático de um problema que é tratado por muitos com muita particularidade e com muita segurança. A democracia do plenário desta Casa deu uma resposta a esse assunto e, na Câmara, eu espero que esse assunto esteja definitivamente enterrado”, declarou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) que colocou o projeto em análise no plenário mesmo com a proposta tendo sido rejeitada por 23 votos a 11 na comissão especial. Seu argumento é o de que o assunto, pela proporção que tomou, precisava de uma decisão mais representativa dos parlamentares.