Prevent Senior contesta relatório da CPI e aponta linchamento público sem direito à defesa

A Prevent Senior divulgou nota, nesta quarta-feira (20), afirmando contestar o relatório da CPI e apontando que as acusações do órgão equivalem a linchamento público. No relatório final da comissão, médicos e donos da Prevent Senior estão entre os 68 pedidos de indiciamento.

A empresa diz ter interesse que "investigações técnicas, sem contornos políticos, sejam realizadas por autoridades como o Ministério Público".

"Infelizmente, no Brasil, criou-se o costume de acusar e condenar pessoas e empresas sem a precisão resultante do devido processo legal. Um verdadeiro linchamento público, sem que as denúncias aventadas fossem investigadas pelos senadores", afirma o texto.

Na nota, a Prevent Senior afirma que as denúncias levadas à CPI são infundadas e não foram apuradas respeitando o direito à defesa. A CPI mostrou que médicos da empresa eram pressionados a prescrever medicamentos sem eficácia para Covid.

"São acusações de contexto extremamente politizado, em que tratamentos médicos foram previamente condenados por serem associados ao governo do presidente Jair Bolsonaro, com o qual a Prevent Senior não tem qualquer vinculação -aliás, como com nenhum partido político."

"Mais grave é a notícia do indiciamento de pessoas que sequer foram ouvidas no curso da CPI e o fato de os acusados não terem tido acesso aos documentos constantes do suposto dossiê, o que inviabilizou seu direito constitucional de ampla defesa e contraditório", conclui a nota.