Wilson Witzel não explica e ataca a Polícia Federal

Por Cláudio Magnavita*

Foi a segunda vez que a Polícia Federal visita o Palácio Guanabara. A primeira, quando levou o então governador Luiz Fernando Pezão preso. E agora,quando levou os computadores, celulares e documentos do casal Helena e Wilson Witzel.

Lamentável que o Rio assista novamente à reedição de iguais cenas.

A primeira reação pública do governador Witzel só lançou mais dúvidas. Ao invés de explicar de forma objetiva a sua posição sobre os pontos elencados pelo ministro do STJ, Benedito Gonçalves, ele apenas disse que o ministro foi induzido ao erro. Não explicou a existência de um contrato entre a Helena Witzel Sociedade Individual de Ad- vocacia, CNPJ 30.786.360/0001- 21, fundada em 20 de março de 2018 (ano da eleição para Governador) e a Rio Lab (DPAD Serviços de Diagnósticos Ltda.), CNPJ 17.649.324/0001-58, fundada em 26 de fevereiro de 2013, nem sobre o depósito realizado na conta da firma individual de sua mulher.

Não explica também o depósito de R$ 225.000,00, citado na peça do STJ, oriundos de Mário Peixoto na conta do escritório de advocacia de Lucas Tristão, secretário e braço direito do governador, que nunca desmentiu a notícia de uma possível sociedade nesta firma.

O governado optou na sua fala por se vitimizar e transferir o assunto ao um embate nacional, com o presidente Bolsonaro, e partir para um ataque pessoal ao senador Flavio Bolsonaro.

O pior foi Witzel ter atacado a uma instituição séria e de grande, a Polícia Federal, ao atribuir a operação a um ato político. Assim, une toda a Policia Federal contra ele.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do jornal Correio da Manhã