Laudo técnico da UFRJ aponta que água fedida continha esgoto

Em um mundo ainda sem pandemia, a população do Rio sofreu com o péssimo cheiro e gosto da água fornecida pela Cedae. Nesta quinta (4), um laudo técnico divulgado pela UFRJ mostra que a causa para a má qualidade não era a geosmina, substância apontada como a vilã pela companhia, mas sim uma ‘forte presença de esgotos domésticos e industrial, além de uma substância com estrutura semelhante à da geosmina”.

O estudo foi divulgado pelo RJTV, da Tv Globo.

A Bacia Guandu abastece 70% da população da Região Metropolitana, cerca de nove milhões de pessoas.

Ainda segundo o laudo técnico feito pelo professor Fabiano Thompson a “alta abundância de bactérias de origem fecal e bactérias degradadoras de compostos aromáticos sugerem contaminação por esgoto doméstico e industrial”. Essas bactérias estariam presentes nas águas em um número mil vezes maior do que é tolerado.

Outras bactérias presentes na água indicam que havia contaminação de fezes humanas. Em outro trecho o estudo fala sobre a presença desses micro-organismos que são: “potencialmente patogênicos e tóxicos na água bruta e no manancial é um alerta para a necessidade de monitoramento dessas águas”.

O governo do Rio anunciou em janeiro obras de R$ 92 milhões para evitar outro surto. Porém, a Cedae acabou desistindo das intervenções, que desviariam os poluídos rios Ipiranga, Queimados, Cabuçu e Poços da Estação de Tratamento do Guandu.