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Dinheiro teve como origem um delator

Os 8,5 milhões não foram encontrados nos endereços do tenente-coronel, reafirmando manchete do Correio da Manhã

Por: Claudio Magnavita*

Como o Correio da Manhã publicou na sua edição deste final de semana (11 a 13 de julho), os valores milionários não foram encontrados com o tenente-coronel Edmar Santos. A sua origem foi de um dos delatores da Operação Mercadores do Caos. O Correio da Manhã, também, foi o único veículo a publicar, e fizemos isso em manchete, que, com Edmar, foi encontrado apenas R$ 5.000,00.

A seguir, na íntegra, a nota emitida pelo Ministério Público do Rio, que contrapõe todo o noticiário da imprensa, que, de forma açodada, colocou os valores como resultado da busca realizada nas residências do ex-secretário. O Correio da Manhã foi o único jornal abordar de forma correta o aparecimento desses valores, agora totalizados em R$ 7 milhões em reais e R$ 1,5 milhão em moeda estrangeira.

A redação do Correio da Manhã reafirma o seu compromisso com a informação correta, sem criar uma condenação mediática prévia como acaba de ocorrer com o tenente-coronel.

Nota de esclarecimento do MP-RJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro esclarece que o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MP-RJ) apreendeu o total de R$ 8.5 milhões na fase da Operação Mercadores do Caos realizada nesta sexta-feira (10/06). Desse montante, cerca de R$ 7 milhões estavam em reais e o restante em dólares americanos, euros e libras esterlinas. Os valores foram entregues ao MP-RJ espontaneamente por um dos investigados, que estava acompanhado de seu advogado.

Levado para a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MP-RJ), o dinheiro foi manipulado com luvas e contabilizado na presença do investigado e de seu advogado, com posterior depósito em conta judicial do Banco do Brasil. Após a contabilização, todos os invólucros onde estavam as notas foram preservados para encaminhamento ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Para a essencial imediata contagem do dinheiro, que terminou na madrugada deste sábado (11/07), o Banco do Brasil emprestou máquinas de contar cédulas e colocou à disposição agência com funcionário além do horário limite. A agência se localiza ao lado do edifício sede do MP-RJ, o que facilita o transporte e a segurança, considerando que as contas judiciais devem ser abertas no Banco do Brasil. A Delegacia Especial de Crimes Contra a Fazenda (Delfaz) teve atuação destacada no êxito da Operação Mercadores do Caos, atuando na custódia do preso Edmar Santos.

*Claudio Magnavita é Diretor de Redação do Correio da Manhã

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