Projeto de despejo de Witzel do Palácio Laranjeiras poderá ser votado com urgência na Alerj

O deputado estadual Anderson Moraes (PSL) conseguiu 25 assinaturas de outros parlamentares para pedir regime de urgência na votação do projeto que transforma o Palácio Laranjeiras em centro de cultura. Se a proposta for aprovada, o governador afastado Wilson Witzel (PSC) terá que deixar a residência oficial.

Protocolado nesta quarta-feira (07), o pedido com apoio de um terço dos parlamentares precisa ser aceito pelo presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), quem decidirá se vai incluir a proposta na pauta de votação. O projeto começou a tramitar em junho deste ano, após as primeiras operações de desvios na Saúde.

Autor do "projeto de despejo", como tem sido chamada a proposta, Anderson Moraes pediu apoio dos colegas para acelerar a votação depois que Witzel deu entrevista no palácio sendo atendido por garçons, bebendo uísque e fumando charuto.

"É um gasto injustificável e um abuso um governador afastado continuar morando lá. É um palácio histórico, que tem tido seu valor depreciado pelos últimos acontecimentos. Nada mais justo que o Laranjeiras seja destinado para fins culturais e Witzel volte para sua casa do Grajaú, onde disse que moraria após eleito ", defende Moraes.

Em agosto, Wilson Witzel foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça suspeito de integrar um esquema de corrupção. Foi do Laranjeiras que ele apresentou, por videoconferência, sua defesa  na votação que deu continuidade ao processo de impeachment.

E não é apenas na Alerj que há o desejo de tirar Wizel do palácio. Em setembro, o deputado federal Otoni de Paula (PSC) protocolou um questionamento no Superior Tribunal de Justiça contra a autorização para que Witzel permaneça na residência oficial do estado.

"Mantê-lo no palácio, com todas as regalias, é uma afronta ao cidadão que já percebeu que ele integra a quadrilha que saqueou o Rio de Janeiro", afirma.