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‘Esse processo é muito cruel’

“Esse processo de impeachment é muito doloroso. É muito cruel o que estão fazendo com minha família, com a minha esposa. Entrei na política por um ideal. Uma das minhas missões era ter uma saúde exemplar, mas o secretário Edmar não entendeu dessa forma”. Essa foi uma das falas de Wilson Witzel, governador afastado do Rio, no processo do seu impeachment, no Tribunal Misto.

Ao longo do interrogatório, Witzel acusou Edmar Santos, ex-secretário da Saúde, de integrar uma quadrilha no Hospital Pedro Ernesto, afirmando que não era o chefe de Edmar.

“Foi descoberto que Edmar Santos tinha R$ 8 milhões em baixo do colchão dentro de casa. De onde veio esse dinheiro? O dinheiro foi pago a ele como propina pelo pagamento de serviços prestados ao Hospital Pedro Ernesto. Segundo Edson Torres, o patrão dele, a quem ele pagava mesada, foram R$ 18 milhões pagos a Edmar. Ele devolveu R$ 8 milhões, mas e o restante?”, disse Witzel.

Mais cedo, o Tribunal ouviu o ex-secretário de saúde. Ele negou que a indicação do ex-subsecretário executivo de Saúde do estado, Gabriell Neves, tenha sido dele. Disse ainda que avisou Witzel sobre os problemas das OS e do Iabas.

O colegiado, formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais, vai marcar o dia das alegações finais dos asvogados e também ouvir o parecer do relator do processo, o deputado Waldeck Carneiro (PT).

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