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Coluna Magnavita - Exclusivo: Advogado “Pitt Bull” de Garotinho assume defesa de Witzel

Por Cláudio Magnavita*

O governador afastado Wilson Witzel, na reta final do impeachment, resolveu partir para o tudo ou nada. Escalou um novo advogado de defesa, que entrará nos processos na próxima segunda.

Após reunião na residência do Witzel no Grajaú, o advogado Carlos Fernando do Santos Azevedo, OAB Rj 150472, acertou uma nova estratégia de defesa. “Eu já soltei Garotinho e Rosinha cinco vezes e vamos entrar com uma defesa mais agressiva já na segunda, 26. O primeiro passo em um processo ainda pende de julgamento no Órgão Especial do TJ,  é o mandado de segurança contra o Tribunal Especial Misto que ataca a decisão que indeferiu a produção de prova pericial no impeachment“, afirmou Azevedo à coluna na noite de sábado, 24.

Advogado Carlos Azevedo foi quem tirou Rosinha Garotinha da prisão

Há duas semanas o escritório da Dra. Ana Basílio peticionou a saída do caso. Ele ficou deserto e é o primeiro que o advogado do Garotinho assume, neste caso como pro bono.

ADVOGOU PARA ALVARO LINS

Carlos Fernando dos Santos Azeredo é policial Civil aposentado, possui experiência em casos complicados e é reconhecido pela genialidade que descobre brechas processuais.  Além de Garotinho e Rosinha, ele já foi advogado em diversos processos do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins. Ganhou notoriedade com a forma que atuou na prisão de Rosinha e Garotinho, conseguindo êxito em todas as vezes que atuou.

Sem medo de usar algumas lacunas processuais a favor do seu cliente, inclusive onde usar os motivos de sua própria saúde para adiar depoimentos nos audiências dos seus clientes. Já usou a sua própria diabete e catara para um caso de dos ex-governadores , irritando o juiz Ralph Manhães, da 98ª Zona Eleitoral de Campos, negou o pedido, e nomeou os advogados Mauro Barbosa Xavier e Roberto Almeida Sá como dativos para Garotinho e Rosinha, para o interrogatório de segunda-feira.

Afirmou o juiz sobre o novo advogado do Witzel: “Neste ponto é que se têm início as condutas deliberadamente procrastinatórias com o fim de evitar o seu interrogatório, sendo que esta é a segunda tentativa de oitiva dos réus em que o mesmo patrono apresenta atestados médicos com validade para a mesma data dos interrogatórios, não podendo ser aceita a tese de mera coincidência. (…) O exame acostado aos autos pelo causídico em tela data de 09/03/2018, ou seja, há mais de oitenta dias, o que demonstra que não existia qualquer urgência neste caso e sua marcação deve ser entendida como ato preparatório para a conduta protelatória, não podendo o judiciário aceitar tamanha deslealdade processual e de forma escancarada”.

Pelo histórico da nova defesa, a semana será tumultuada no Tribunal Misto e a estratégia é explorar todas as brechas regimentais para aumentar a linha de tempo do governador.

Nas sessões do Tribunal Misto, o presidente da corte e do TJ, Henrique Figueira, tem sido implacável em não fazer progredir medidas protelatórias, como o pedido de prazo com a renúncia de parte dos advogados de defesa.

Questionado pelo Correio da Manhã sobre o julgamento de Witzel, Carlos Azevedo foi cirúrgico: “Não devemos esquecer que é um julgamento político, mas vou dar muito trabalho. A defesa vai ser agressiva .”

 

*Cláudio  Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã

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