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Após anunciar detergente na água, empresa diz que captação voltou ao normal no Rio

Por Júlia Barbon e Nicola Pamplona

Cerca de 15 horas depois de fechar suas comportas, a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto do RJ) diz que voltou a captar água normalmente do rio Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro e grande parte da região metropolitana.

A empresa havia paralisado suas operações na estação Guandu no fim da tarde desta segunda (3) porque identificou um grande volume de detergentes (surfactantes) na água bruta que chega ao local. O material teria sido arrastado pelas fortes chuvas na região desde a noite de domingo (2).

A produção foi retomada às 9h. "A reabertura das comportas do canal principal da estação ocorreu após técnicos da companhia constatarem que não há risco à operação", disse a companhia em nota.

Segundo o comunicado, o abastecimento foi retomado de forma gradativa, por motivos de segurança operacional, "mas em alguns locais, como ruas altas, pode levar até 72 horas para se restabelecer completamente". 

Após o anúncio da paralisação, a Polícia Civil voltou à estação em Nova Iguaçu na manhã desta terça. "Estamos realizando coleta de água juntamente com o Inea [Instituto Estadual do Ambiente] e outros órgãos na ETA [estação de tratamento]", afirmou a delegada Josy Lima.

De acordo com ela, não há previsão para o resultado "porque a análise é demorada". No dia 16 de janeiro, investigadores já haviam visitado a estação por causa dos relatos de moradores que estavam recebendo água com cheiro e gosto de terra e, em alguns casos, turva.

Sobre essa primeira visita, a delegada diz que ainda não recebeu o laudo do perito. Em nota, a Polícia Civil diz que os resultados das análises feitas nesta terça podem ser usados para apurar a responsabilidade nas condições de consumo de água.

O Inea (Instituto Estadual do Meio Ambiente) também esteve no local para coletar amostras para análise. O instituto disse que foi avisado da suspensão das operações pela presença de detergente às 19h de segunda.

O sistema Guandu é responsável pelo abastecimento de grande parte da região metropolitana do Rio, entregando água a cerca de nove milhões de pessoas em oito cidades, e está no centro de uma crise que já dura um mês no Rio.

Desde o início de janeiro, a população tem recebido nas torneiras água com cheiro e gosto de terra e, em alguns casos, turva. A causa seria a geosmina, uma substância orgânica que é produzida quando há multiplicação acentuada de bactérias em ambientes aquáticos, como em mananciais que recebem esgotos não tratados.

O problema vem causando transtornos à população e elevação nas vendas de água mineral na região atendida pela companhia.

Há duas semanas, o diretor de Saneamento e Grande Produção, Marcos Chimelli, foi demitido. O presidente da companhia, Hélio Cabral, por enquanto se mantém no cargo.

Em sua conta no Twitter, Witzel anunciou a retomada da captação de água por volta das 8h da manhã desta terça, mas voltou atrás duas horas depois. Até aquele momento, a Cedae havia anunciado apenas que iria retomar o processo em uma hora. 

"Mantendo meu compromisso com a transparência, atualizo a informação sobre o Guandu. Por motivos técnicos, a captação de água da ETA Guando ainda não foi retomada", escreveu, no segundo post.

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