Por Guilherme Cosenza
Com uma sequencia de desvios, o ex-diretor da Cedae Hélio Cabral se esquivou das perguntas realizadas pelos parlamentares na manhã dessa terça-feira (11).
"É um problema que demanda muito trabalho e soluções somente a médio prazo. Estou aqui em respeito aos senhores, à essa Casa tão importante para a população do estado. No entanto, não me sinto confortável para responder as perguntas dos senhores e senhoras que deverão ser feitas ao meu sucessor", contou ao ser indagado sobre os motivos pela falta de cuidado com as águas tratadas na Cedae.
Logo após dizer isso, Hélio foi vaiado fortemente pelos presentes. Contudo o grande estopim foi o questionamento levantado pelos parlamentares sobre a questão do sucateamento dos aparelhos e trabalhos da Cedae. Os representantes da casa levantaram o fato da falta de qualidade dos serviços como uma tentativa de agilizar o processo de privatização, além de questionar se a indicação para Hélio assumir a presidência da Cedae teria vindo do pastor Everaldo.
Após os questionamentos, Hélio se levantou e foi embora. Jornalistas tentaram ir atrás para pegar uma palavra do ex-presidente, porém foram impedidos por um segurança da casa. Contudo ao entrar no seu carro para ir embora, o grupo de ativistas da ONG Meu Rio jogou água suja da Cedae no carro de Hélio como forma de protesto. Dentro da casa, gritos como "essa conta não é nossa" e "reembolso já" foram ecoados das galerias.
Agora o Governo, a Defensoria Pública e o Ministério Público ainda tentam um acordo sobre a possível indenização por conta das contas de água e pelo custo gasto na compra de água mineral sofrido pelos cariocas.
