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Pela 1ª vez após dois meses, Araraquara fica dois dias sem registrar mortes por Covid-19

Marcelo Toledo (Folhapress)

Pela primeira vez após mais de dois meses, Araraquara (a 273 km de São Paulo) registrou dois dias seguidos sem mortes provocadas pela Covid-19. Depois de implantar um lockdown de dez dias, com restrições mais severas nos sete primeiros dias, a cidade passou a ver nas semanas seguintes cair os números de novos casos provocados pelo novo coronavírus, internações e óbitos.

Desde então, já tinha ficado sem registrar mortes em um dia, como em 26 de março –foi a primeira vez desde 10 de fevereiro–, mas não passava dois dias sem óbitos provocados pela Covid-19 desde 3 de fevereiro.

Naquele momento, Araraquara começava a sentir os efeitos da circulação da variante brasileira da doença no município. Então com 121 óbitos, viu o número disparar, até chegar às atuais 335 mortes. Desse total, 243 foram registradas neste ano, sendo 219 delas a partir de fevereiro.

O lockdown em Araraquara, que tem como prefeito Edinho Silva do Partido dos Trabalhadores (PT), veio seguido de uma série de medidas, como a transformação de um antigo motel em unidade de retaguarda, para atender pacientes que não tenham condições de cumprir o isolamento necessário em suas casas, e o uso de uma igreja como extensão da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Xavier, para internações precoces.

Segundo a secretária da Saúde de Araraquara, Eliana Honain, o paciente com comorbidade e que tenha necessidade de internação terá melhores condições de monitoramento no local.
Na semana passada, a prefeitura antecipou dois feriados, suspendeu o transporte coletivo e criou barreiras sanitárias com o objetivo de impedir a entrada na cidade sem justificativa de veículos de outros municípios.

Foram feitos 819 testes rápidos em motoristas e ocupantes de veículos que chegavam às barreiras, instaladas nas entradas do município, dos quais 27 deram resultado positivo.
Foram abordados 6.171 veículos, com 408 sendo obrigados a retornar às cidades de origem após os motoristas não conseguirem justificar um motivo essencial para entrar em Araraquara.

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