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São Paulo avalia como vai vacinar grávidas

A Prefeitura de São Paulo ainda avalia como será a segunda dose das grávidas que se vacinaram com a AstraZeneca como primeira dose para completar o seu esquema de imunização contra a Covid-19.

Em maio, o Ministério da Saúde vetou a vacinação de grávidas com a AstraZeneca após uma recomendação da Anivsa. Por enquanto, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filho há 45 dias) estão sendo imunizadas com vacinas da Pfizer e da Coronavac.

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta (30), o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que por enquanto a cidade suspendeu o uso da AstraZeneca nas gestantes, mas ainda aguarda determinação do Ministério da Saúde.

"Agora precisamos aguardar uma definição do Ministério da Saúde para que nos oriente qual será a dose aplicada como segunda dose", afirmou o prefeito.

Nunes disse que uma das possibilidades é a combinação de imunizantes, que ainda não é prevista pelo ministério, mas já foi adotada pelo Rio de Janeiro.

"Já existem outros países que estão fazendo a aplicação da Pfizer para gestantes que tomaram a AstraZeneca como primeira dose, mas o Ministério da Saúde aqui do Brasil ainda não fez essa recomendação e ainda estamos aguardando essa orientação técnica sobre o assunto. Ainda não existe previsão e estamos aguardando", ressalta Nunes.

A taxa de letalidade da Covid-19 entre grávidas e puérperas no Brasil é a pior desde o início da pandemia e a imunização nesse grupo está bem abaixo do esperado, o que preocupa ginecologistas e obstetras. Apenas 6% delas haviam recebido ao menos uma dose até o último dia 21 no Brasil.

Até o dia 17, o país computava 1.412 mortes maternas, sendo 959 só neste ano. Segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, com base em dados do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade mais que dobrou do ano passado para este, de 7% para 17%.

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