Por Vinicius Lisboa (Agência Brasil)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, hoje (16), que produzirá 60 milhões de testes de antígeno para o diagnóstico da covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a fundação, a iniciativa terá investimento de cerca de R$ 1,2 bilhão, e o montante de testes poderá ser entregue ao Ministério da Saúde até o fim deste ano.
Além de fabricar os testes, a Fiocruz será responsável por treinar equipes e prestar assistência técnica e científica nas localidades definidas pelo governo federal. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que a contribuição será mais uma forma de a instituição pôr sua capacidade tecnológica e de produção à disposição da saúde pública. A fundação já fornece testes moleculares (RT-PCR) ao SUS.
O RT-PCR é considerado o padrão ouro para a detecção do vírus, e suas amostras também são importantes para o monitoramento das variantes, já contêm o material genético do vírus e podem ser usadas para o sequenciamento. Ele precisa ser enviado a laboratórios especializados, onde o processamento pode levar algumas horas e depende de equipamentos sofisticados.
Já o de antígeno pode ser processado no próprio local da coleta, em um procedimento que pode durar apenas 15 minutos para mostrar o resultado. A sensibilidade é menor que a do RT-PCR, mas também é considerada alta, com potencial acima de 95%.
