Por:

Empresário afirma que capacitação é a saída para tirar o brasileiro da informalidade

Apesar da leve queda da taxa de desemprego no trimestre de setembro a novembro de 2022 (IBGE), os salários atingiram o menor nível já registrado pelo Instituto. Na comparação com o trimestre anterior, foram 1,5 milhão a menos de desempregados, mas na comparação salarial, a queda foi de 11,6%. “Isso significa que, apesar do aumento na ocupação, as pessoas estão entrando no mercado de trabalho ganhando menos”, ressalta João Diniz, especialista em empreendedorismo e fundador da agência Empregos Já.

“Podemos destacar dois fatores importantes para essa triste realidade: as dificuldades para o empresário manter as portas abertas - com altos impostos, burocracia, dentre outros problemas - e a falta de capacitação da mão de obra disponível”

À frente do Instituto João Diniz, o empresário com mais de 26 anos de atuação no Rio de Janeiro, lança a segunda temporada de cursos profissionalizantes para as áreas de gastronomia, hotelaria e entretenimento. São 120 vagas - gratuitas para desempregados - distribuídas entre turmas para Garçom/garçonete, gerenciamento de equipe de restaurantes e serviço de vinhos. As aulas, ministradas por especialistas, começam no dia 07/02 e acontecem das 9h às 13h, na Bla Blá Barra (Avenida Érico Veríssimo, 843). Após a conclusão da capacitação de 3 dias, os profissionais recebem certificado e são encaminhados para empresas do setor.

“Eu capacito e emprego. Sou prova viva de como é possível empregar as pessoas: oferecendo treinamento e unindo quem precisa de mão de obra qualificada com quem precisa de trabalho”, comenta Diniz que atualmente tem mais de 5.000 cadastrados em sua plataforma Emprego Já e já recolocou mais de 1.000 profissionais no mercado de trabalho desde o início de 2021.

QUASE METADE DOS BRASILEIROS AINDA ESTÃO NA INFORMALIDADE

Segundo o IBGE, mais de 38 milhões de brasileiros trabalham na informalidade, o que equivale a 40,06% da força de trabalho. João Diniz lembra que aqueles que não conseguem um emprego formal e também fracassam no informal, acabam somando forças ao ‘mercado da violência’. “Isso se resolve com cursos de capacitação curtos e objetivos. Pois, mesmo que tenha emprego, um profissional só será absorvido se tiver o mínimo de preparo. Então, o governo tem que entender quais são os setores que estão absorvendo mão de obra e incentivar”, conclui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.