Criada em 2012 pela atriz Cintia Sant’anna, durante um curso de produção cultural oferecido pela Agência de Redes para Juventude, originalmente como uma versão de informativo impresso e com uma tiragem mensal de 250 exemplares, a ONG “Entre o céu e a favela”, localizada no Morro da Providência, hoje tem como principal objetivo potencializar o protagonismo de crianças, jovens e mulheres por meio de ações sócio culturais que promovam a inclusão e a transformação social.
“Sem patrocínio, o informativo deixou de ser produzido. Começamos a inserir atividades culturais dentro do Morro da Providência, como oficinas de teatro, perna de pau, contação de histórias, além de realizar eventos culturais dentro da favela, revivendo a cultura local e trazendo novos olhares para a mesma. Eu sempre achei muito importante a influência positiva que a arte pode proporcionar na vida de uma criança. Eu aos 20 anos, vi o grupo Tá na Rua no Largo da Carioca, e assisti todo o
espetáculo. No fim, fui andando atrás do cortejo até a sede do grupo na Lapa; Na época tinha o ponto de cultura, e eu consegui entrar para fazer oficinas livres, depois
de um ano entrei no grupo e lá fiquei durante oito anos. Foi o meu primeiro contato com a arte de forma direta, e um grande divisor de águas, pois foi com essa bagagem, que eu pude trazer cada vez mais de mim para o projeto. Em 2015, a ideia do informativo foi adaptada para uma plataforma digital. E foi inscrito no edital Favela Criativa que contemplava projetos já existentes dentro das comunidades e o projeto "Entre o Céu e a Favela" foi premiado. Em 2016, a verba do edital foi liberada, junto com a concepção do portal, também foi criado um coletivo com projetos atuantes no Morro da Providência e Morro do Pinto. No momento, ocupamos o espaço Epicentral
dentro do Morro da Providência, onde realizamos encontros mensais, oficinas e atividades para crianças e para produtores locais” – explica Cintia, fundadora da ONG.
espetáculo. No fim, fui andando atrás do cortejo até a sede do grupo na Lapa; Na época tinha o ponto de cultura, e eu consegui entrar para fazer oficinas livres, depois
de um ano entrei no grupo e lá fiquei durante oito anos. Foi o meu primeiro contato com a arte de forma direta, e um grande divisor de águas, pois foi com essa bagagem, que eu pude trazer cada vez mais de mim para o projeto. Em 2015, a ideia do informativo foi adaptada para uma plataforma digital. E foi inscrito no edital Favela Criativa que contemplava projetos já existentes dentro das comunidades e o projeto "Entre o Céu e a Favela" foi premiado. Em 2016, a verba do edital foi liberada, junto com a concepção do portal, também foi criado um coletivo com projetos atuantes no Morro da Providência e Morro do Pinto. No momento, ocupamos o espaço Epicentral
dentro do Morro da Providência, onde realizamos encontros mensais, oficinas e atividades para crianças e para produtores locais” – explica Cintia, fundadora da ONG.
Em 2021, a ONG comemora dez anos de fundação, marcado por um momento de superação e união, com o enfrentamento da pandemia do COVID 19. Eles atenderam
e ajudaram 3500 famílias, uma média de 14 mil pessoas. Além disso, a inserção no programa Gerando Falcões, fez com que Cintia se destacasse na frente do projeto.
“Nós chegamos primeiro que o poder público dentro do território, nós conseguimos atender diretamente com cartão alimentação (enviados pela Gerando Falcões) 1750
famílias e 1000 cestas básicas, fora água, biscoitos, material de higiene, vale gás, kit para mães solteiras. É muita gente para o nosso tamanho, e com esse número já é
possível ver a dimensão da importância e da necessidade das ongs dentro das favelas, porque nós trabalhamos na ponta e diante de uma pandemia fomos nós que
conseguimos socorrer os moradores. Entregamos 14 mil máscaras, uma doação feita pela Amil, uma parceira e patrocinadora nossa desde 2019, através da lei de incentivo
iss. Conseguimos montar um gabinete de crise junto com outros projetos locais e fazer inserções para aferir pressão, colocar faixas, informar a população do quanto era
perigoso não seguir as regras”, analisa a criadora da ONG.
famílias e 1000 cestas básicas, fora água, biscoitos, material de higiene, vale gás, kit para mães solteiras. É muita gente para o nosso tamanho, e com esse número já é
possível ver a dimensão da importância e da necessidade das ongs dentro das favelas, porque nós trabalhamos na ponta e diante de uma pandemia fomos nós que
conseguimos socorrer os moradores. Entregamos 14 mil máscaras, uma doação feita pela Amil, uma parceira e patrocinadora nossa desde 2019, através da lei de incentivo
iss. Conseguimos montar um gabinete de crise junto com outros projetos locais e fazer inserções para aferir pressão, colocar faixas, informar a população do quanto era
perigoso não seguir as regras”, analisa a criadora da ONG.
Já no primeiro mês de 2021, a ONG promoveu as inscrições em cursos gratuitos de empreendedorismo, cultura e esportes. “Entre o Céu e a Favela” oferece cursos para
crianças, de 07 a 14 anos, como: basquete, percussão, futebol, teatro, perna de pau e educação ambiental. Já para os jovens acima de 15 anos, tem cursos
profissionalizantes de design de sobrancelhas, tranças, empreendedorismo e informática.
Além disso, “Pretinhas Leitoras”, “Bando Teatro Favela” e “Produção de Guerrilha” são três projetos produzidos pelo Entre o Céu e a Favela e estão entre os projetos nos
quais o grupo ajuda na realização, todos engajando jovens e produtores culturais.
"Nós montamos um coletivo para que as pessoas pudessem estar juntas e se apoiarem, ficamos três anos investindo nisso dentro da Providência. Daí nasceu a
parceria com o “Pretinhas Leitoras”, cujo ajudamos em toda formalização do projeto, captação de recurso e esse ano a realização do projeto em cinco favelas da cidade. O
“Bando Teatro Favela” é o primeiro grupo de artes cênicas da Providência. Montamos um espetáculo “Entre becos e vielas” que contava a história de quatro moradores
antigos da comunidade. Depois surgiu uma versão infantil e montamos o “Sonho e a Providência”, um texto feito pelo ator e diretor Rodrigo Pinho, especialmente para
formato infantil. Eram oito crianças em cena, sozinhos contando essa história, esse é nosso xodó. O “Produção de Guerrilha” foi uma curso de produção direcionado para
moradores de favelas, foi uma ideia em parceria com o Leandro Pedro, fundador da Ih Contei, ele também é periférico e tem experiência em produção, abrimos as vagas e
tivemos mais de 30 inscritos, ficamos muito animados e fizemos o curso para 20 alunos, foi uma experiência incrível, porque quando você ensina é quando você mais
aprende”, conclui Cintia.
parceria com o “Pretinhas Leitoras”, cujo ajudamos em toda formalização do projeto, captação de recurso e esse ano a realização do projeto em cinco favelas da cidade. O
“Bando Teatro Favela” é o primeiro grupo de artes cênicas da Providência. Montamos um espetáculo “Entre becos e vielas” que contava a história de quatro moradores
antigos da comunidade. Depois surgiu uma versão infantil e montamos o “Sonho e a Providência”, um texto feito pelo ator e diretor Rodrigo Pinho, especialmente para
formato infantil. Eram oito crianças em cena, sozinhos contando essa história, esse é nosso xodó. O “Produção de Guerrilha” foi uma curso de produção direcionado para
moradores de favelas, foi uma ideia em parceria com o Leandro Pedro, fundador da Ih Contei, ele também é periférico e tem experiência em produção, abrimos as vagas e
tivemos mais de 30 inscritos, ficamos muito animados e fizemos o curso para 20 alunos, foi uma experiência incrível, porque quando você ensina é quando você mais
aprende”, conclui Cintia.