Coronavírus fecha as portas do Congresso

Por Guilherme Cosenza

A crise do coronavírus vem mexendo com a capital do país. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados suspendeu, por prazo indeterminado, as sessões solenes, os eventos de lideranças partidárias e de frentes parlamentares, a visitação institucional ao Palácio do Congresso Nacional. Além disso, todos os eventos que não sejam diretamente relacionados à atividade legislativa do plenário e das comissões estão suspensos.

A medida, prevista no Ato da Mesa 118/2020, visa prevenir a infecção e a propagação do Covid-19 no âmbito da Casa e preservar a saúde dos deputados, servidores e visitantes. Assim, só terão acesso à Câmara congressistas, servidores, terceirizados, profissionais de veículos de imprensa, assessores de entidades e órgãos públicos, representantes de instituições de âmbito nacional, estagiários, menores aprendizes, participantes do programa Pró-Adolescente, e trabalhadores já credenciados que prestam serviços. O ato suspende também todo tipo de autorização de afastamento em missão oficial em locais onde haja o contágio do coronavírus.

Na última terça-feira (10), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou portaria que autoriza servidores que viajaram a locais com surto reconhecido do novo coronavírus a trabalharem de casa. Os funcionários devem permanecer em home office por 15 dias.

O ato foi assinado pela presidente do TST, ministra Cristina Peduzzi. “Diante da necessidade de manter os serviços do tribunal e de reduzir as possibilidades de transmissão do coronavírus causador do Covid-19”, esclareceu a Corte em nota.

Segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (11), há 74 casos suspeitos do novo coronavírus na capital, outros 28 foram descartados, porém dois casos foram confirmados, uma mulher de 52 anos e o marido; o casal esteve em viagem pelo Reino Unido e pela Suíça.

Contudo, o problema vai muito além dos muros do Planalto. O governador Ibaneis Rocha (MDB) explicou, na noite da última quarta-feira (11), que irá decretar a suspensão das aulas na rede pública e privada por pelo menos cinco dias, além de eventos que exijam licenças do governo do Distrito Federal, também deixarão de acontecer devido o crescimento da propagação do vírus no país.

O governador disse que o decreto deverá ser publicado ainda nessa semana e começará a valer logo em seguida. De acordo com o governador, a medida tem o objetivo de garantir uma análise das medidas

a serem tomadas depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de Covid-1.

Como medida de combate ao problema, mais de 1.400 farmácias em oito estados e no Distrito Federal estão racionando a quantidade de itens como álcool em gel e máscaras que os clientes podem levar a cada compra.

As farmácias pertencem ao grupo DPSP, que inclui todas as lojas Drogaria Pacheco e Drogaria São Paulo em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Pernambuco e Paraná, bem como no Distrito Federal.

O grupo informou por meio de nota a imprensa que cada cliente pode comprar por vez cinco unidades de álcool em gel, duas caixas de máscaras descartáveis ou dez unidades de máscaras avulsas.

A rede já havia verificado que os produtos passaram a ser os mais consumidos e para evitar a falta dos mesmos, optou por criar uma política de racionamento.