Leilão no setor de energia

Em leilão disputado, o governo concedeu hoje (30) cinco lotes de linhas de transmissão com investimento total de R$ 1,3 bilhão. A concorrência teve deságio médio de 48,12% em relação à receita máxima prevista no edital. Os lotes leiloados têm 515 quilômetros de linhas no Acre, em Rondônia, no Mato Grosso, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Tocantins. O governo estima que as obras nas concessões podem gerar até três mil empregos diretos.

“Estamos tendo expansão de linhas de transmissão que são fundamentais para o intercâmbio de energia entre as várias regiões do país, dando mais segurança ao sistema e mais flexibilidade para o operador”, disse após a disputa o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Não há, porém, impacto do leilão na condução da crise energética atual, já que os projetos têm prazos de construção estimados entre 26 e 60 meses.

Em seus discursos, Albuquerque fez questão de frisar integração entre os órgãos do setor elétrico e o trabalho de planejamento do setor, dois pontos que vêm sendo questionados em meio à crise energética e o debate sobre a privatização da Eletrobras. “Esses leilões, tanto de transmissão quanto de geração, são fruto de planejamento”, afirmou, citando a Empresa de Pesquisa Energética como autora dos estudos, com subsídios do Operador Nacional do Sistema Elétrico e da Agência Nacional de Energia Elétrica.