Coluna Magnavita: Disputa pela CNC atinge Fecomércios

O Correio da Manhã recebeu da Assessoria de Comunicação da Fecomércio Rio o seguinte pedido de esclarecimento, que publicamos na integra, como é praxe na nossa regra editorial:

“Em 19/10/2018, durante a intervenção no Sesc RJ e Senac RJ, foi contratada em caráter de urgência, com dispensa de licitação, empresa para executar os serviços de asseio e conservação nas unidades das entidades. Em 25/08/2020, a atual gestão das entidades deflagrou o procedimento licitatório conjunto Sesc RJ nº 01/2020 e Senac RJ nº 14/2020 para contração de empresa para o serviço de asseio e conservação das unidades do Sesc RJ e do Senac RJ. Todavia, com o agravamento da Pandemia da Covid-19 durante o ano de 2020 surgiu a necessidade da inclusão do serviço de sanitização de ambientes para o enfrentamento e combate à doença, razão pela qual o referido procedimento licitatório foi cancelado em 18/12/2020. A fim de garantir a maior eficácia do processo licitatório, a atual gestão das entidades decidiu por contratar a Fundação Instituto de Administração para a modelagem de um novo procedimento licitatório, cujo cronograma prevê a publicação do edital no primeiro trimestre de 2022”.

Esta resposta se refere à desclassificação de 18 empresas para dar a vitória à 19ª. Apurou o Correio da Manhã que esta licitação foi realizada na época que o interventor era Luiz Gastão Bittencourt. Conhecido como Gastão, ele foi eleito vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio, cargo do qual foi suspenso pela atual diretoria, com quem trava uma ferrenha disputa política. Ele reassumiu a Presidência da Fecomércio do Ceará. O vice-presidente da Fecomércio cearense, Mauricio Filizola, afirmou ao blog OP+ que os 73 anos da Fecomércio CE, estão ameaçados diante de um projeto pessoal de poder do atual presidente Gastão Bittencourt, que declarou guerra à CNC, ao presidente José Roberto Tadros e ao vice-presidente Francisco Valdeci Cavalcanti. Tendo ficado à frente da intervenção do Sesc e Senac do Rio, e de olho no orçamento de R$ 1 bilhão que sempre divulga, Bittencourt resolveu agir no processo sucessório da Fecomércio Rio e passou a estimular uma oposição ao atual presidente, Antônio Florêncio, que apoia a gestão do Tadros da CNC. Nesta articulação incluiria até um escritório de advocacia de Brasília, contratado na época da intervenção e que estaria usando ficticiamente o nome de um ex-sócio poderoso.