Coluna Magnavita: Ceciliano foi quem assegurou a escolta para Freixo

Coluna Magnavita: Ceciliano foi quem assegurou a escolta para Freixo

Lembram disso? I

Quem conhece o deputado André Ceciliano sabe que ele nunca cobra o que ele fez de coração ou por justiça. Os mais próximos ao presidente da Alerj sabem do seu empenho em defesa de Marcelo Freixo, quando o estado cogitou em retirar os policiais que estavam cedidos ao parlamentar, de forma irregular, durante anos. O Batalhão Freixo, formado por oito policiais penais e três civis, fazia a escolta de Marcelo há vários anos, sem que tivessem o cuidado de regulamentar ou ter um simples documento que oficializasse a cessão.

Lembram disso? II

Nem o deputado Rodrigo Maia, quando presidiu a Câmara dos Deputados, teve a iniciativa de firmar um convênio com o Estado do Rio para regularizar a tropa de elite de Freixo. Bastava um protocolo e o reembolso pelos policias cedidos. Durante um longo período, tudo foi feito de forma informal.

Lembram disso? III

Quando o delegado Fernando Veloso assumiu o comando da Secretaria de Administração Penitenciária - SEAP, quase como secretário interventor, o problema foi identificado e levado ao Guanabara. Na análise, foram encontrados também os policias civis. Algo precisava ser feito, caso contrário, os gestores poderiam ser penalizados por improbidade. O caso passou a ser um grande problema para as duas pastas: Seap e Civil.

Lembram disso? IV

Ameaçado de perder a sua escolta pessoal — e com a omissão da Câmara Federal —, a única voz que se levantou em defesa de Marcelo Freixo foi a de André Ceciliano. “Vocês querem sujar as mãos com o sangue de um parlamentar?” Foi o grito de guerra de Ceciliano, que peitou o Governador e os dois secretários.

Lembram disso? V

O presidente da Alerj, André Ceciliano, para evitar que a escolta de Marcelo Freixo fosse retirada por razões técnicas e não políticas. Diga-se, de passagem, acabou fazendo o que o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por ironia, filho do vereador César Maia atual pré-candidato a vice de Freixo, não fez. A escolta tinha sido requisitada por Jorge Picciani, quando Freixo era estadual. Ceciliano pleiteou oficialmente todos os policiais para o gabinete da presidência da Alerj, e eles continuam trabalhando para Freixo, agora com um guarda-chuva oficial.

Não contabiliza

As pessoas no entorno de André Ceciliano, quando tocam no assunto com ele, devido ao corpo mole e o jogo duplo na disputa de ego entre Marcelo Freixo e Alessandro Molon, ouvem do presidente: “Deixa para lá, fiz apenas o que precisava ser feito.” Este é o jeito Ceciliano de ser, de nunca cobrar o que faz por justiça ou afeto.

Injustiça

O mesmo entorno de André Ceciliano registra, porém, uma mágoa. No acirramento da disputa com Molon, alguns militantes mais aguerridos da esquerda têm usado a rede social para chamá-lo de “André Miliciano”, um nome injusto, exatamente com quem protege a estrela da esquerda contra alguma maldade da milícia.