Coluna Magnavita: Piso da enfermagem decreta o fim do Hospital de Irmã Dulce

Coluna Magnavita: Piso da enfermagem decreta o fim do Hospital de Irmã Dulce

A espera de um Milagre da Santa Dulce dos Pobres

As instituições filantrópicas que formam a grande base do sistema hospitalizar brasileiro sofreram um duro no último de 04 de agosto quando foi sancionado a lei que estabelece o piso dos profissionais de enfermagem. Uma lei justa e que corrige uma distorção de uma categoria fundamental para a saúde, porém a sua implantação foi devastadoras para as instituições de caridade. Na Bahia, as obras assistências de Irmã Dulce (Hospital Santo Antônio) assistiu de uma hora para outra ousei deficit mensal saltar de R$ 1,2 milhões para R$ 4 milhões. Uma das obras sociais mais importante do país não terá condições de prosseguir e deve fechar suas portas em semana.

Falta de apoio

Os gênios do Ministério da Saúde não zeram nenhum plano de contingência para apoiar estas instituições filantrópicas , principalmente aquelas, como o hospital Santo Antônio de Salvador, fundado pela Santa irmã Dulce e que atende uma população de baixíssima renda. O aumento abrupto dos custos, após uma canetada presidencial , deixou várias instituições, que já estavam em situação financeira precária em estado de insolvência. Como arcar com uma folha de pagamento de triplica o valor de uma hora para outra? Para o setor privado a carga é dolorosa, mas existe uma gordura e lucros generosos que garantem o aumento de custo. O processo de expansão da Rede D’Or e o padrão de vida do seu principal acionista com jatinhos de longo curso, mansão no Caribe e Cascais, sinalizam que não faltam recursos para aguentar o baque. É no mínimo redistribuição de renda. No caso da rede pública o poder público garante o fôlego. O caso mais crítico são das obras assistenciais e de caridade. O caso das Obras da Irmã Dulce é emblemático, até pela canonização da sua fundadora, mas o reflexo tem efeito cascata nas centenárias Santa Casas e outras entidades filantrópicas.

Solução

A bomba estourou em Brasília e em pleno ano eleitoral. O efeito do fechamento em cadeia de hospitais poderá trazer mais dano político para o Presidente Jair Bolsonaro do que o ônus de sancionar um piso justo para profissionais que são verdadeiros heróis da saúde . O gênios do Ministério da Saude não podem lavar as mãos e achar que nada tem com isso. Manter a operações destas instituições é um dever do estado, principalmente quando implanta uma medida com reflexos mortais para as redes filantrópicas.

Desespero

Sem tempo de cuidar d própria Saude, enfrentando um grave problema inflamatório , Maria Rita Lopes Pontes, sobrinha da Irma Dulce, vive dias de desespero e já elabora o plano de enceramento das suas atividades, com a redistribuição de centenas de pacientes. O caos financeiro torna a situação na Bahia irreversível sem o apoio do Governo Federal. Vai ser uma tragédia se o fechamento se consumar. É inaceitável que o Ministério da Saúde não tenha estabelecido. Plano de contingência que ajude os hospitais filantrópicos a terem uma regra de transição para uma realidade que mudou de uma hora para outro.

Omissão

Quando houve a solenidade de canonização da Irmã Dulce em Roma , assistimos uma revoada de políticos brasileiros: vice presidente da República, Presidentes do Senado, Câmara e STF. Estavam o PGR Augusto Aras , desejas deputados, ministro da saúde , o ex-ministro da saúde José Serra, o atual governador da Bahia Rui Costa, o então Prefeito ACM Neto , o ex-presidente Sarney e vários outros líderes. Todos vivendo o momento mágico da primeira Santa Brasileira. Toda está lista está agora passiva, em Salvador Maria Rita está, em lágrimas, fazendo a desmobilização de pacientes e encerrando uma operação que ficou inviável e sem que nenhum destes medalhões tenham a sensibilidade de compreender que a saúde frágil das instituições hospitalares filantrópicas não resistem ao aumento abrupto de custos sem um apoio temporário para acomodar uma situação que agravou a crise. Triste Brasil. Que a Santa Irmã Dulce dos Pobres ilumine nossos governantes