Coluna Magnavita: Pastor Everaldo na ribalta com a convocação da Alerj

Protagonismo do presidente do PSC no Governo do Rio começa a ser apurado

Everaldo na vitrine

A convocação de Everaldo Dias Pereira, pastor da Assembleia de Deus, para falar na Comissão de Saúde e da Covid 19 é um marco, assim como do seu sócio e operador financeiro Édson Torres. Ele é colocado no foco das atenções também, por ter sido citado na deleção de Edmar Santos. Esta visibilidade é tudo que ele não deseja.

Protegido

Everaldo tem confidenciado a amigos que não teme a delação. As poucas coisas que pediu ao Edmar, não foram atendidas. Tentou emplacar um amigo como diretor, e não foi nomeado; da mesma forma que solicitou coisas específicas para prefeituras. Nos últimos dias desconfiou que Edmar já estivesse gravando, não só pela mudança de tom, mas por ele querer recapitular ações do passado.

De prontidão

Everaldo também está despreocupado em ser alvo de alguma operação e busca. Tem a certeza de que nada será encontrado. Comenta-se no palácio que a sua rede de informantes é enorme, e que o próprio WW foi avisado por ele na véspera da operação que escaneou todo o Guanabara.

 

Teoria do Fato

A existência de Everaldo Pereira garante e fortalece a tese da “teoria do fato” tão defendida por Sergio Moro. Everaldo frequentava o palácio, nomeou o próprio filho para ficar no gabinete, injetava recursos na renda familiar de WW, garantido R$ 22.390,00 por mês para Helena Witzel. Além disso, encaminhava indicações e apadrinhava fornecedores.

Fermento político

O grande mérito de Everaldo foi incentivar a jornada presidencial do seu pupilo governador, e estabelecer a necessidade de um fundo de caixa para campanha. Nem de longe lembra o tempo do governo Benedita da Silva, onde ocorreu o seu gênesis político, apadrinhado por Eduardo Cunha. Naquele período ia trabalhar de ônibus, bem diferente do séquito de motoristas e seguranças que o acompanham hoje.