O TSE precisa colocar uma lupa sobre uma distorção no horário eleitoral gratuito no Rio de Janeiro. Na segunda maior cidade do país, grande parte da população de baixa renda ainda não foi tocada pela campanha eleitoral.
O bolo de audiência das TVs abertas não é o mesmo de 10 anos atrás. Hoje, a divisão é feita por classe social. As emissoras Record e SBT têm uma audiência mais popular. Já a Globo atinge um público mais sofisticado. Quem assiste ao programa Ratinho na emissora de Silvio Santos raramente vê o Jornal Nacional da Globo, e vice-versa.
Ao promover o corte regional nas emissoras, distribuindo o horário político para os municípios da Região Metropolitana, os candidatos de apelo popular na capital ficam longe do seu público alvo. É um erro achar que a Globo atinge todas tribos.
O horário gratuito, como está distribuído, traz grandes distorções e prejudica o eleitor de baixa renda. Na eleição do Rio, acaba sendo uma programação de elite.
