Coluna Magnavita: Responsável pelo uso dos Bolsonaros na campanha de WW e pela derrota de Rogéria, Gutemberg quer voltar ao estado, com apoio da família

Depois de participar da criação do maior inimigo dos Bolsonaro e assinar a maior derrota eleitoral da família no Rio, o publicitário Gutemberg Fonseca faz malabarismo para voltar a ser secretário de estado com o carimbo do senador Flávio Bolsonaro.

Foi ele o marqueteiro que grudou Wilson Witzel na sombra do senador, quebrando a determinação de imparcialidade do candidato Jair, que queria todos os palanques. Aí, deu no que deu: WW, querendo ser presidente, tornou-se o maior adversário da família.

Outro ponto contrário foi não ter eleito Rogéria Bolsonaro, levada para o Republicanos por Gutemberg, que cuidou da campanha. Rogéria foi abandonada sem estrutura e tempo próprio no horário gratuito. Teve 2.034 votos, ficando em 229ª posição. Se as promessas partidárias tivessem sido honradas Rogéria obteria os 20 mil votos prometidos. O aborrecimento com o resultado pífio custou um lockout telefônico do senador, que ficou mais de um mês sem falar com o marqueteiro.

Fonseca agora quer um naco no governo para turbinar a  sua candidatura a federal. Mira a secretaria de Esportes, incluindo as relações institucionais. Na sexta, grudou no senador na posse do Coronel Henrique e apareceu no almoço do Laranjeiras em homenagem ao ministro Ciro Nogueira. Como era lugar marcado, acabou ficando em pé no fundo da sala para constrangimento do cerimonial.

Para uma velha raposa da política fluminense, a nomeação colocará um carimbo de WW na gestão Castro, exatamente no sentido oposto que deveria seguir. O Governo espera ainda uma manifestação clara do senador para fazer a nomeação, que ficará sob sua responsabilidade.

Mas a semana não terminou mal para o rapaz. Após a revelação de que sua empresa havia processado o Republicanos e a pessoa física do ex-prefeito Marcelo Crivella, ele foi procurado por dirigentes da legenda que renovaram a proposta de parcelar a dívida de R$ 400 mil em seis vezes. Fonseca fez a contraproposta de três parcelas. Em tempo, não perguntem a Rogéria Bolsonaro o que ela acha de seu marqueteiro virar secretário de estado com apoio do filho. Também não perguntem à IURD a opinião sobre o autor do processo pessoal contra um de seus bispos ter virado comentarista da Record.