Fórmula 1: E no apagar das luzes...

Por Marcelo Perillier

Desde a classificação, Max Verstappen e a RBR se mostraram superiores a Mercedes em Abu Dhabi. Alguns acham que foi pela ordem do chefão da equipe alemã, Totó Wolff, de diminuir a potência dos motores. De qualquer forma, o casamento foi perfeito, garantindo ao holandês e ao time austríaco a vitória na pista do Oriente Médio. Max só não fez o "Grand Chelem" porque Daniel Riccardo, da Renault, na última volta, fez a volta mais rápida. O pódio teve Valtteri Bottas em segundo e Lewis Hamilton em terceiro. A corrida marcou também o terceiro lugar da McLaren no campeonato de construtores, com Lando Norris em quinto e Carlos Sainz em sexto.

O ano de 2020, o septuagésimo da F1, será lembrado pelos recordes. Mesmo com a covid-19, a categoria conseguiu montar um bolha, não tão eficiente quanto da NBA, e registrou poucos casos do vírus no paddock. Com corridas duplas em algumas pistas, como Áustria e Silverstone, novidades, como Portimão e Mugello, e retornos, como Turquia e San Marino, a temporada teve 17 provas, alternando-se entre Europa e Ásia. E o grande nome foi Lewis Hamilton.

O piloto inglês da Mercedes não apenas passou os recordes de vitórias e pódios de Schumacher, como também igualou o heptacampeonato. Marcas que antes eram consideradas inatingíveis, mas que, agora, são possíveis. Vai demorar um pouco para Fórmula 1 ter um novo gênio. E, enquanto ele não chega, é bom curtir o britânico no momento.

A temporada teve outras marcas importantes, como o milésimo GP da Ferrari na categoria e o de maior números de pilotos (13) frequentando os primeiros lugares desde 2013, com vitórias inéditas de Pierre Gasly, da Alpha Tauri, e Sérgio Pérez, da Racing Ponit - que não tem lugar garantido no grid do ano que vem. Além deles, Lando Norris (McLaren), Lance Stroll (Racing Point) Esteban Ocon (Renault) e Alexander Albon (RBR) também debutaram em pódios na F1.

Para 2021, ainda há lugares no cockpit, como o companheiro de Verstappen na RBR, de Pierre Gasly na Alpha Tauri e Mick Schumacher - sim, o filho de Michael - na Haas. E, ao que tudo indica, Sérgio Pérez está na briga por algum deles.