Meta de Biden não será cumprida

A Casa Branca reconheceu, nesta terça (22), que não conseguirá atingir a meta de vacinação estipulada pelo presidente Joe Biden, de imunizar 70% dos adultos contra a covid-19 até 4 de julho, dia da independência do país.

De acordo com levantamento do jornal New York Times, o ritmo atual permitiria vacinar 67% dos adultos até a data.

A constatação, no entanto, não é significativa, disse Jeff Zients, coordenador da resposta à pandemia da Casa Branca, durante entrevista coletiva. Segundo ele, os números alcançados até aqui indicam que os EUA construíram "um programa de vacinação inigualável e inédito em todo o país".

A taxa de vacinações nos EUA aumentou menos de um ponto percentual nas últimas duas semanas e teria que mais do que dobrar nas próximas duas semanas para que o país atingisse a meta estipulada por Biden em maio.

Entre os obstáculos para a imunização de todos os americanos, estão o desequilíbrio nos índices de vacinação entre diferentes grupos raciais e o desafio de convencer parte da população que se recusa a receber a dose ou ainda está indecisa.

Segundo Zients, jovens adultos de 18 a 26 anos têm se mostrado particularmente difíceis de persuadir. "A realidade é que muitos norte-americanos mais jovens sentem que a Covid-19 não é algo que os afeta, e eles estão menos ansiosos para se vacinar", disse.

Conforme o levantamento do portal Our World in Data, os EUA vacinaram com ao menos uma dose 53,03% de sua população. Os que estão completamente imunizados -porque receberam as duas doses ou o imunizante de dose única- são 44, 86%.

Até esta terça, os EUA seguem na liderança do ranking de países com o maior número de casos e mortes. São 33,5 milhões de infecções confirmadas e mais de 602 mil óbitos, segundo os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.