Cuidados com os idosos nas temperaturas mais baixas

As temperaturas mais baixas do outono e inverno podem ser prejudiciais para a saúde dos idosos. Isso porque nessas duas estações a mudança climática, os ambientes fechados e a proliferação de vírus e bactérias podem causar doenças e agravar as já existentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) as complicações de saúde aumentam 30% no inverno, que vai de junho a setembro no Brasil. (está repetido!)

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os riscos inerentes ao inverno são hipotermia, doenças respiratórias e agravamento de dores reumáticas. O geriatra e clínico geral Dr. Leonardo Leibovici explica alguns cuidados essenciais com os idosos nessa época do ano:

1. Vacinação: “Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vacinação contra a gripe como uma medida de prevenção. E pode ser realizada de forma gratuita na rede pública de saúde no Brasil”.
2. Fique alerta aos sintomas: “Familiares e cuidadores devem ficar alerta aos primeiros sintomas de hipotermia como: fadiga, fraqueza, tremores leves e mãos e pés começarem a sentir a falta de circulação sanguínea, ficando as extremidades arroxeadas, e dormentes. Com esses sintomas, deve-se procurar um médico”.
3. Doenças respiratórias: Outro risco comum são as doenças respiratórias, como gripes, resfriados e a mais recente Covid-19. A recomendação é que os idosos evitem aglomerações, lavem as mãos, utilizem álcool gel 70% a todo momento, utilizem máscaras em ambientes fechados e fiquem em ambientes arejados”.
4. Dor nas articulações: “Os idosos precisam estar sempre agasalhados, com roupas quentes e uso de acessórios, como gorros, toucas, bonés e cachecóis, isso porque o frio aumenta a sensação de dor nas articulações. Principalmente para os que sofrem com as dores osteoarticulares de qualquer natureza, os idosos portadores de artrite reumatoide, bursite e/ou outras tendinopatias”.
5. Hora do banho: “Os banhos podem ser dados em períodos com temperaturas mais elevadas, como na parte da tarde. E não devem ser demorados”.
6. Hidratação: “Hidratação da pele com uso de hidratantes apropriados para evitar o ressecamento da pele; E não esquecer de beber água”.
7. Exercícios: “Exercícios de alongamento com orientação de educadores sociais ou fisioterapeutas para evitar a imobilidade no inverno”.
8. Reposição de vitamina D: “Devido à diminuição da exposição ao sol, em decorrência do aumento do frio, é recomendada a reposição da vitamina D de forma oral, através de suplementação feita com orientação médica. Além disso, pode-se aumentar a ingestão de alimentos ricos em vitamina D, como peixes, fígado e gema de ovo”.
9. Reforço na alimentação: “Cuidados reforçados com a alimentação (com o consumo de sopas e caldos) e a hidratação (já que os idosos costumam beber menos água nos dias frios)”.
10. Acompanhamento médico: “O idoso que está em constante contato com o seu médico tem a chance de ter doenças relacionadas ao inverno (ou inerentes à ele) identificadas precocemente e tratadas. Assim, as chances de sucesso são maiores”.
11. Hipertensão: “ Doenças como a hipertensão devem ser monitoradas de perto, pois o frio pode contribuir para a elevação da pressão arterial. O aumento da pressão arterial, por consequência, acarreta a elevação do risco de ocorrências de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto agudo do miocárdio”.
12. Automedicação: “É comum que, com os sintomas gripais, mais comuns em temperaturas mais baixas, as pessoas procurem por antigripais, xaropes e descongestionantes na farmácia, sem orientação médica. Contudo, há risco de intoxicação e de interação medicamentosa se outros remédios já estiverem em uso”.