Coluna Magnavita: Vice-prefeito de Campos é processado por continuar presidindo usinas de problemas

Os negócios do vice de Wladmir

O drama do mercado de Etanol em Campos, e o envolvimento das usinas em sonegação, que frequentam as páginas policiais dos jornais cada vez mais, vão acabar respingando na carreira de um dos mais promissores políticos do Rio, o prefeito Wladimir Garotinho.

O vice-prefeito Frederico Paes consegue a proeza de fazer parte da administração municipal e continuar presidente de uma Cooperativa, a COAGRO, que recebeu investimentos de R$30 milhões.

O Paes de Campos consegue ser vice e está na receita como o responsável pelo CNPJ 05.500.757/0001-68. Ele configura como administrador, o que contraria a lei orgânica do município e o estatuto do servidor. Só que o prefeito não vê nenhum dolo do seu vice. Vale lembrar que as usinas funcionam com incentivo fiscal do estado. Os inúmeros CNPJs que Frederico Paes participa estão na inicial do processo 0001016-73.2022.8.19.0014, uma ação popular que pede o seu afastamento. Causa espanto descobrir que vários destes CNPJs têm relação com a Prefeitura, inclusive a ASFLUCAN, que assinou convênio com o próprio Garotinho.

Questionado pela coluna, o alcaide campista escreveu: “Por que não? Ele é diretor presidente de uma cooperativa de produtores rurais há mais de 20 anos. Não recebe recursos públicos da cidade onde é vice-prefeito.”  

Wladimir deveria conversar mais com o Procurador da Cidade e ler a sua lei orgânica.