Coluna Magnavita: Os “estranhos” critérios do dono da agenda

Na agenda do presidente Jair Bolsonaro no Rio, a inclusão de última hora de um inusitado compromisso causa perplexidade: um almoço com empresários cariocas. Só que não há nenhuma entidade empresarial por trás. Um evento de puro lobby de um polêmico empresário de São Paulo, patrocinador eterno de João Doria, e chamado de Rei das Terceirizações, que tenta ampliar sua atuação na cidade.

Trata-se de Washington Cinel, dono da GOCIL. Em pleno ano eleitoral, surpreende a falta de cuidado da agenda presidencial, o que abre espaço para várias especulações sobre a influência de lobistas sobre este setor da presidência.

O curioso é que entidades, como a bicentenária Associação Comercial do Rio, tentam, há meses, trazer o presidente para um verdadeiro encontro com empresários e recebem dos responsáveis pela agenda uma seca resposta: “Não temos data”. Elas só surgem quando há eventos nebulosos, como este em um hotel 5 estrelas do Rio, e com patrocínios milionários, além de personalidades polêmicas. Deve estar faltando o manual de Compliance para quem controla a agenda presidencial.