Coluna Magnavita: Jornalismo e Rio perdem Anna Ramalho

Coluna Magnavita: Jornalismo e Rio perdem Anna Ramalho

Partiu Anna Maria Ramalho. Tem pessoas que deveriam ser proibidas de deixar este plano. A sua energia de pessoa do bem e de colecionar amigos vai fazer muita falta. Tivemos orgulho de contar com Anna assinando a terceira página do segundo caderno do retorno do Correio da Manhã em setembro de 2019. Ter a sua coluna foi um dos pontos positivos da retomada do jornal. Detalhista, a sua página tinha uma carpintaria própria e ela cuidava dos detalhes, ainda mais com a chegada de Adilson Nunes na diagramação, seu companheiro no Jornal do Brasil. A coluna circulou até a pandemia, quando a vida social simplesmente evaporou. Foi a grande cronista de um Rio que não existe mais, de uma vida social carioca que servia de paradigma para todo o país.

No outro lado, Anna irá se reencontrar com Fernando Zerlottini, Zózimo e Ricardo Boechat. Receberá a luz da Santa Gisella Amaral e aqui camos tristes. Ela foi uma fada madrinha dos amigos, realizava o desejo dos mais amados e sai de cena com aplausos, muitos aplausos! O seu exemplo precisa ser perpetuado e as suas crônicas, reunidas em um livro. As suas palavras e a sua inteligência aplicada no jornalismo de cotidiano, ajudaram a perpetuar um Rio, do qual temos muita saudade.