Coluna José Aparecido Miguel: Ibuprofeno deve ser evitado em casos de corona

1) Estudo inicial indica que o Ibuprofeno poderia facilitar a entrada do vírus nas células, escreve Fabiana Cambricoli. Uma afi rmação do ministro da Saúde da França, apoiada em estudo publicado nesta semana na revista científi ca “Lancet”, acendeu um alerta sobre a possibilidade de o uso de antiinfl amatórios como o Ibuprofeno piorar a infecção pelo coronavírus. Especialistas brasileiros dizem que, embora não haja evidências científi cas robustas dessa associação, o ideal é evitar o remédio em caso de covid-19 enquanto outras pesquisas não forem feitas. A recomendação é também da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). (...) (O Estado de S. Paulo)

2) Agência da ONU pede a grávidas para evitar novo coronavírus. Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, recomenda medidas anunciadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como lavagem de mãos e distância de pessoas doentes com o covid-19 e alerta sobre cozimento total de alimentos como ovos e carnes. O Unfpa também citou o caso de mulheres amamentando e a grande ansiedade que a incerteza causada pelo novo vírus tem provocado em muitas grávidas mais propensas a infecções respiratórias. Um outro alerta da agência é sobre não separar as mães que estão amamentando de seus recém-nascidos, ainda que elas estejam doentes. (...) (ONU News)

3) Novo estudo mostra que mais de 80% dos infectados apresentam sintomas muito brandos, reporta Roberta Jansen. Portadores do novo coronavírus que não foram diagnosticados são os maiores responsáveis pela disseminação rápida da doença, segundo um novo estudo publicado nesta segunda-feira, 16, na “Science”. Segundo cientistas da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia, nos EUA, que assinam o trabalho, mais de 80% dos portadores do novo vírus são assintomáticos ou apresentam sintomas muito brandos e, por isso, acabam não sendo diagnosticados. Os casos mais brandos ou mesmo assintomáticos do Covid-19 são até 50% menos contagiosos do que os mais graves. (...) (O Estado de S. Paulo)

4) Economia da China tomba após coronavírus paralisar fábricas e consumo. Produção industrial dos dois primeiros meses do ano despencou no ritmo mais forte em três décadas (Reuters).O investimento urbano e as vendas no varejo também caíram acentuadamente e pela primeira vez, alimentando visões de que a economia da China provavelmente estagnou ou mesmo contraiu no primeiro trimestre, e que autoridades precisarão fazer mais para ressuscitar a atividade. A produção industrial despencou 13,5% em janeiro-fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mostraram nesta segunda-feira (16) dados da Agência Nacional de Estatísticas. (...) (Folha de S.Paulo) 

5) Dados do BC mostram que contágio é mais rápido no Brasil, diz Paulo Guedes. Para ministro da Economia, Brasil precisa se defender antes, durante e depois da crise, escreve Alexa Salomão. Projeções do Banco Central mostravam que a velocidade de contágio no Brasil era mais veloz do que em outros países, inclusive China. “Foi alarmante”, diz Guedes. O ministro, então, criou um grupo para monitorar o avanço do efeito do coronavírus sobre a economia e apresentar medidas. E insiste que o Congresso precisa fazer a sua parte. “O baque do coronavírus é temporário. A China já está se recuperando. Eu preciso estar preocupado com o reforço das nossas defesas durante e depois da crise”, disse. (...) (Folha de S.Paulo)

6) Em pânico, agentes de mercado pedem fechamento das Bolsas. Depois de uma semana sangrenta para o mercado financeiro – e diante da percepção de que dias mais amenos ainda estão distantes -, agentes de mercado pedem o fechamento das Bolsas de Valores, para “esperar o pânico passar”, escreve Fernanda Guimarães. Detalhe: não são apenas os pequenos que estão se sentindo perdidos e defendem a ideia. A proposta é não só suspender as operações na B3, mas organizar uma operação conjunta de todas as Bolsas no mundo, de forma a conter as retiradas de recursos que estão afundando os índices globalmente. (...) (O Estado de S. Paulo)

7) Banco Central deve intervir com parcimônia no mercado, mantendo elevado estoque de divisas. Num país como o Brasil, há necessidade de manter um colchão de proteção na forma de reservas em dólares e outras divisas. Com US$ 358,5 bilhões em caixa na quinta-feira (12 de março) e um regime de câmbio flutuante, o país hoje não corre mais o risco de insolvência nas transações com o restante do mundo — que tantas crises gerou no passado. É importante adotar uma postura responsável e conservadora, valorizando o seguro construído a duras penas. (...) (Editorial-Folha de S. Paulo)