Muitas vezes, não julgar é julgar

Muitas vezes, não julgar é julgar

Por Cláudio Magnavita*

O que está ocorrendo em Petrópolis é vergonhoso para uma cidade de sua importância histórica e colocada há mais de dois séculos no eixo do poder. Nesta terça, 14, o TSE julga o recurso da defesa de Rubens Bomtempo, prefeito eleito em 2020 e que não pôde ser empossado por decisão judicial que se arrasta há quase um ano.

A situação não é boa para a cidade, já que uma administração interina não tem a mesma autoridade de um mandato de 4 anos. O interino, pode, por exemplo, acordar no dia 15 como vereador e retornar à Presidência da Câmara Municipal. A situação é de fragilidade política e posterga o direito da população de escolher o seu dirigente, o que ocorreria no caso de uma nova eleição complementar. A torcida é para que haja uma decisão nesta terça,14. Que decidam, que exista uma decisão, e tirem a cidade de um perigoso limbo eleitoral. Nunca haverá uma sentença que contemple as duas partes. Mas pode haver uma que respeite o direito do eleitor de decidir democraticamente por um nome. Na prática, isso já ocorreu e o mandato já foi corroído em 1/4. Postergar com pedidos de vistas ou outros artifícios legais é desrespeitar o eleitor.