Por: Claudio Magnavita*
Suspeitas de corrupção, com a prisão por negócios nebulosos envolvendo equipamentos de saúde, má gestão na Cedae, politização nas nomeações do Detran, secretário da Casa Civil condenado por improbidade e proibido de exercer funções públicas, crimes não solucionados, operação policial na Fundação Leão XIII, caixa do estado zerando, e agora um secretário de estado flagrado tentando conquistar de forma sorrateira uma vaga no Carf do Ministério da Economia, tudo isso em apenas 17 meses de Governo. O que está ocorrendo com o governador Wilson Witzel? Será que ele acha que nada disso contamina a sua imagem?
Ao contrário do que afirmou no Programa Roda Viva, ele não é apenas o responsável pelo que ocorre no seu gabinete. Todas as nomeações passam pela sua caneta ou da sua Casa Civil, que ele orienta.
Não há um mundo à parte. O Governo é um só e o governador foi eleito com uma maioria de votos por que o eleitor acreditou na sua proposta de mudança e na seriedade do seu currículo.
O caso do Lucas Tristão é emblemático. Foi uma invenção 100% sua. Ele chegou a ser nomeado para o Carf, agindo de forma sorrateira e com uma relação impropria com a Confederação Nacional do Comércio. O ato foi anulado, depois de constatadas as irregularidades. Um profissional que age desta forma tem condições de ser secretário de Estado? Será que Witzel não consegue perceber que há muita coisa apodrecendo no seu entorno?
*Claudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
