A CPI do PSD a serviço de Lula
Por Cláudio Magnavita*
O desempenho de duas estrelas do PSD na CPI da Covid, os senadores Omar Aziz e Otto Alencar, deixa bem claro que a legenda assumiu mesmo uma posição antibolsonarista e seguirá à esquerda. O desempenho extremado dos dois não ocorreria sem a anuência do presidente (dono) do PSD, Gilberto Kassab.
Aziz sinalizava um carinho especial pela família Bolsonaro até ser mordido pela mosca dos holofotes. No seu estado, o Amazonas, ele criou fortes laços com o governador Wilson Lima, o quase clone do homônimo carioca, siameses de partido, PSC, e também nos escândalos envolvendo compras na saúde. Aliás, o governador só não sofreu impeachment pela interferência direta do próprio Aziz, que foi ao seu socorro. Na Assembleia, a deputada Alessandra Campelo é protegida do senador e assumiu pela segunda vez uma secretária de estado. Na pasta da Saúde está seu primo, Marcelo Campelo.
Na Bahia, Otto Alencar faz dobradinha com o PT de Rui Costa, outro governador na mira do Ministério Público até pela atuante participação no consórcio de compra das vacinas russas.
Já o caso do senador Renan Calheiros é pessoal. Ele está na hora da vingança, devolvendo todos os vetos que seu nome sofreu. A amnésia política da mídia, fica evidente quando o senador se coloca a serviço dos veículos que querem a cabeça de Bolsonaro.
A CPI virou um espetáculo de “Caça ao Presidente” e os algozes esquecem de olhar para as suas perigosas conexões e passado.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
