A ficção do impeachment e o fator TTC

A ficção do impeachment e o fator TTC  

Por Cláudio Magnavita*

A ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um impeachmant político. Seu dolo não foi comprovado e exigiu um puxa lá e arranca daqui para construir uma tese Eduardina, a la Eduardo Cunha, e com um vice, Michel Temer que loteou o seu futuro governo com senadores e deputados. Isolada e sem apoio do próprio PT, na primeira ela ruiu como um castelo de cartas.

O caso do presidente Jair Bolsonaro é muito diferente. O seu vice é de caserna e, por ofício, não participaria de um complô como fez Temer. Hamilton Mourão não vestiria a farda de traidor, a não ser que partisse das Forças Armadas o desejo de defenestrar Bolsonaro. Arthur Lira foi a vacina bolsonarista para uma Câmara traiçoeira. A base popular do presidente não tem evaporado. Aliás, cresce com a polarização com o PT. E hoje o único nome capaz de enfrentar Lula com as mesmas condições.

O Brasil é no continente o país que mais vacina. A Fiocruz produz a vacina mais barata do mercado. Uma planilha revela uma abismal diferença com as outras. O caso da Covaxin deve ser apurado e punido, doa a quem doer. A narrativa que querem construir desmorona pela falta de credibilidade dos seus redatores.

É bom lembrar que o presidente tem, em última instância o fator TTC ao seu lado. Não se brinca com: Tanques, Tropas e Canhões. Constitucionalmente podem garantir a ordem e o respeito ao estado de direito.

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã