Por Gustavo Barreto
Forças da coalizão formada por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos bombardearam a região ao norte da cidade costeira de Hudaydah, no Iêmen. Segundo oficiais sauditas, os alvos eram fábricas localizadas na região.
O ataque surge em momento da escalada de tensão entre o reino saudita e os rebeldes houthis, que recentemente reclamaram para si a autoria do ataque aos poços de petróleo saudita.
Atualmente a região de Hudaydah se encontra sob cessar-fogo entre o governo oficialmente reconhecido do Iêmen e os rebeldes houthis desde 2018, quando um encontro mediado pela ONU selou um pacto conhecido como acordo de Estocolmo.
Por meio de uma rede social, o porta-voz dos houthis, Mohammed Abdul-Salam, condenou o bombardeio a Hudaydah.
- A concentração de agressões em Hudaydah representa uma perigosa escalada que pode interromper o acordo sueco.
Já o porta-voz das forças de coalizão Saudita-EAU, coronel Turki al-Maliki, disse que os ataques foram uma medida preventiva.
- Esses locais são usados para ataques e operações terroristas que ameaçam as linhas marítimas e o comércio internacional no estreito de Bab al-Mandab e o sul mar vermelho.
A guerra no Iêmen já dura quatro anos e é considerada pela ONU o pior desastre humanitário da atualidade, com mais de 24 milhões de pessoas precisando de assistência e proteção no país.