Justiça não deve aceitar favores

Justiça não deve aceitar favores

Por Cláudio Magnavita*

Um novo ingrediente incendiário no cenário eleitoral: as novas urnas.  Na última sessão do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso apresentou a visita que realizou aos fabricantes em Manaus e aplaudiu o que viu. São urnas muito mais evoluídas do que as atuais, que por serem de novíssima geração trazem a bordo uma tecnologia muito mais  ampla dos que as jurássicas originais. Esta mudança radical ocorre logo após o fim de embates e questionamentos do sistema. E introduzindo, neste terreno ainda em pavimentação, um elemento desconhecido e ainda não testado anteriormente. Um erro foi chamar um publicitário, ligado a correntes políticas que são antagonistas ao atual governo para fazer uma campanha publicitária pro bono defendendo as eleições. Um TSE nunca deveria aceitar uma doação publicitária de quem já fez campanha política. A campanha contém um subtexto que pode ser questionado. O processo eleitoral não pode dever favores, principalmente quando uma das peças fala de todo o Judiciário. São fatos novos que merecem lupa.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã