Marcelo Freixo já atrapalha avanço de Lula no eleitorado de centro
Por Cláudio Magnavita*
São poucos os seres políticos como o ex-presidente Lula. O seu tirocínio para as movimentações eleitorais supera a normalidade. Ele faz parte de um grupo no qual se incluem Antônio Carlos Magalhães e Leonel Brizola.
O votômetro de Lula já identificou que será o eleitor de centro que decidirá a eleição de 2022. A massa popular mais à direita, que é contra o aborto e modernidades, será o fiel da balança. Nesta equação inclui ainda o peso da Região Sudeste. Descartar Marcelo Freixo como candidato único da esquerda para o Governo do Rio ganha cada vez mais corpo. Freixo sofreu, na derrota para Marcelo Crivella, a consolidação de sua imagem de radical de esquerda. Grudou, e muito.
A tentativa de criar um novo rótulo, incorporando o “Marcelo” ao nome político do candidato, abandonando o antigo uso apenas do “Freixo”, não surtirá efeito em atrair aquele que ficou apavorado com o “comunista que comia criancinhas”. Não conquista novos eleitores e corre o risco de perder os antigos.
Ser descartado pelo PT e ficar fora da majoritária por decisão do próprio Lula é um pesadelo que o deputado federal nunca imaginou enfrentar.
*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã
