Nunca o interior esteve tão forte

Nunca o interior esteve tão forte 

Por Cláudio Magnavita*

Devemos colocar uma lupa sobre novos nomes da política fluminense que conseguiram em 2020 uma consagração nas urnas. A eleição municipal serviu para consagrar nomes que estiveram na gestão municipal da pandemia e receberam o carimbo de aprovados nas urnas. Neste cenário devem ser incluídos os novos prefeitos que conquistaram um primeiro mandato e já promoveram uma revolução nas suas cidades. No primeiro grupo merecem destaque Rogério Lisboa, de Nova Iguaçu; André Português, de Miguel Pereira; e Diogo Balieiro, de Resende, os três eleitos com votação consagradora pelo eleitorado. Uma marca comum desses gestores municipais foi a forma franca que enfrentaram a pandemia. Sem espetáculos midiáticos e dizendo uma palavra proibida aos políticos: “Não”.

Nesta lista deve ser incluído o Prefeito de Teresópolis, Vinicius Claussen, que assumiu em 2018 em um cenário de terra arrasada, junta a escândalo do seus sucessores, e colocou a casa em ordem. Foi reeleito em 2020 com 56,17% dos votos. Rogério Lisboa foi eleito com 62,10% dos votos e Diogo Balieiro com 82% de todos os votos da cidade, mais do que dobrando a sua votação original, e André Português com 83,22%. Entre os estreantes como alcaide, Wladimir Garotinho, prefeito de Campos e filho dos ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho. Deputado Federal com uma boa atuação em Brasília, ele conseguiu ao ser eleito criar uma marca própria. Falta pouco para que Rosinha e Garotinho passem a ser conhecidos como os pais de Wladimir. Ao conquistar o seu primeiro mandato com 50,79% dos votos de São Gonçalo, o Capitão Nelson derrotou o PT com uma diferença de um pouco mais de 1%. Ele ajudou a criar um cinturão que isolou a oposição em Niterói. A sua gestão virou uma barreira para a esquerda em um dos maiores colégios eleitorais. Vivemos um cenário de valorização da gestão municipal que virou o celeiro de talentos da política fluminense e que será fundamental para a reeleição do Governador Cláudio Castro. Nunca o interior esteve tão forte.

 

*Cláudio Magnavita é diretor de redação do Correio da Manhã